Curva de entretenimento nos games

Por Mauro Berimbau.

A brincadeira é boa!
E tenho certeza que muitos irão se identificar.
Porém, parte de um pressuposto comum – que os jogos casuais são mais fáceis, menos exigentes, e que seu público consumidor gasta menos tempo no game.
Uma pesquisa feita pelo Jesper Juul (A Casual Revolution, 2010) partia do estereótipo dos “casual gamers“: não gostavam de histórias nos games, conheciam poucos jogos, investiam pouco tempo jogando e preferiam jogos fáceis.
A pesquisa revelou, no entanto, que eles gostam de ficções “positivas” (ambientes agradáveis, com emoções positivas), conheciam uma gama enorme de jogos, investem muito tempo jogando (interrompendo as partidas seguidamente – e algumas vezes até mais tempo que os hardcore gamers) e gostam de jogos desafiadores (mas que os recompensa seguidamente).
A conclusão (parcial) dele é que a lógica dos casual gamers VS hardcore gamers, vistos sempre em oposição um ao outro, é falsa.

Trata-se apenas de diferença de perfil, onde os hardcore gamers são um nicho, difícil de atender, barulhento e exigente, e os casual gamers hoje formam a maior fatia do mercado.

Por isso, muitos game designers iniciantes se frustram ao entrar na indústria. Eles mesmos são hardcore gamers e desejam fazer jogos épicos para o mesmo grupo, como um novo Battlefield, God of War ou Final Fantasy. Ao descobrirem que o que dá mais dinheiro hoje são modelos como Diamond Dash, Minecraft e Farmville, que fogem de suas preferências, se desmotivam.

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