IBM busca ser mais ágil para atender demanda na nuvem

A pandemia da covid-19 fez as empresas em todo o mundo repensarem suas estruturas e acelerarem projetos de digitalização. “Tudo que estimávamos acontecer de três a cinco anos está acontecendo em 1 ano a 18 meses”, afirmou Ana Paula Assis, executiva brasileira que assumiu recentemente o cargo de gerente-geral da área de transição de clientes da IBM Global, na Live do Valor. 

Ana Paula explicou que o aumento de demanda é uma das razões por trás do anúncio de cisão da unidade de serviços de infraestrutura gerenciada da IBM, criando uma nova companhia. 

 “Hoje, só 20% a 25% das aplicações rodam em nuvem pública. Existe aí um potencial de 75% a 80% de aplicações que precisam ainda ter os benefícios do ambiente de nuvem. O anúncio que fizemos é justamente para dar mais agilidade à IBM para ser líder nessa categoria, em um mercado que estimamos em US$ 1 trilhão.” 

Antes de assumir o cargo global, Ana Paula, foi presidente da IBM na América Latina por três anos, sendo a primeira mulher na liderança da região. 

A criação da nova empresa independente e de capital aberto, deve ocorrer até o fim de 2021. “É um processo longo, mas, sem dúvida, muito relevante para a IBM”, disse Ana Paula. Segundo ela, a companhia acredita na combinação de competências que estão em nuvens dedicadas, nuvens privadas e nuvens públicas como a melhor opção para empresas que atuam em mercados altamente regulados. 

A executiva ressaltou que a nova companhia nasce como a maior empresa de seu segmento, com receita de US$ 19 bilhões e mais de 4 mil clientes. 

A digitalização acelerada das atividades também aumentou a demanda por interação com os clientes, apontou Ana Paula. “Os assistentes cognitivos, que permitem uma interação de maneira muito eficiente e ágil, talvez sejam uma das adoções de maior escala que vimos nos últimos meses”, conta, acrescentando que o acesso às interfaces de programação de aplicativos (API, na sigla em inglês) da plataforma IBM Watson, de inteligência artificial da IBM, cresceu de 60% a 70% desde o começo do período da crise sanitária. 

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2020/11/04/ibm-busca-ser-mais-agil-para-atender-demanda-na-nuvem.ghtml

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