Nike outra vez…

Por Denise Fabretti
No início deste ano, a Nike, patrocinadora do atleta Oscar Pistorius, teve que remover do site do esportista o comercial que fazia referencia ao mesmo como “a bala na agulha”. Obviamente, em virtude da acusação de assassinato que pesou sobre Pistorius a Nike não teve outra alternativa senão retirar o anúncio e o slogan.
Agora, devido ao atentado ocorrido durante a maratona de Boston, a Nike foi obrigada a recolher as camisetas promocionais que faziam referencia à vitória do New York Yankees sobre a equipe adversária Boston Red Sox.
Citadas camisetas traziam a mensagem “Boston Massacre” sendo que as letras que compunham a escrita aparentavam estarem manchadas de sangue.
No primeiro caso ( do atleta Pistorius) é possível afirmar que a expressão “ bala na agulha” traduz uma infeliz coincidência quando se procurou enfatizar a rapidez do atleta.
Todavia, já no segundo caso, mesmo que não tivesse ocorrido o atentado, aqui no Brasil, está campanha seria classificada como publicidade abusiva de acordo com o art. 37§ 2 º do Código de Defesa do Consumidor uma vez que enaltece a violência ( massacre + sangue).
Em nosso país, seria o equivalente a divulgar o nome do local, manchado de sangue, onde um time de futebol tenha derrotado outro.
Tendo em vista todos os esforços das autoridades, jogadores e dirigentes de times no sentido de evitar a conduta violenta entre torcidas, esse tipo de mensagem seria prejudicial não somente a esse empenho como também à marca.
E nos Estados Unidos? Mesmo sem o atentado, qual o impacto dessa estratégia para a sociedade? E para a marca?

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