Empreendedorismo na área de Comunicação Integrada

Professora Rose Mary Almeida Lopes
Professora da ESPM

Na ultima semana o Curso de Comunicação, por meio de sua Área de Estudos em Comunicação Integrada iniciou as reuniões de trabalho com os alunos do 1o. Semestre. O tema desse ano será “O empreendedorismo nas classes emergentes”. Durante o ano, os alunos terão uma série de encontros com professores do Núcleo de Empreendedorismo, Incubadora de Negócios, Coordenação do PGE e convidados do mercado. Neles serão discutidos uma série de assuntos ligados a empreendedorismo. Liderados pelos professores Rodney Nascimento e Marcello Pereira, os objetivos da área são desenvolver atividades de treinamento prático para os alunos do curso de Comunicação Social, as quais se transformem em informação e insights a serem disseminados para diferentes públicos da ESPM.
Na última semana a palestra foi com a professora Rose Mary Almeida Lopes, Coordenadora do Núcleo de Empreendedorismo da ESPM, com o tema,
AFINAL O QUE É SER EMPREENDEDOR?
Empreendedorismo e empreendedor tornaram-se vocábulos relativamente comuns, empregados tanto por pessoas leigas quanto por especialistas. O tema passou a ter importância para toda a sociedade.
Esta temática tem sido muito debatida. As empresas também passaram a enfatizar o intraempreendedorismo: em termos de competências desejadas de seus colaboradores, quanto de desenvolvimento de uma cultura que estimule as iniciativas que possam se traduzir em novas oportunidades e em valor agregado.
Fala-se que mesmo aqueles que estão desempregados devam empreender, tomando as rédeas da gestão de sua capacidade de trabalho.
Mas, parece que fica no ar a questão central do que é ser um empreendedor. Basta ter iniciativa, reunir capital, adquirir algo que se possa revender? Ou comprar os ingredientes necessários para fazer tapioca e vende-la na praia? Basta procurar um curso de massagem, e depois oferecer-se para fazê-las?
Ou é necessário mais? Algo como: vislumbrar a oportunidade, ter a idéia de oferecer um produto ou serviço diferentes, inovadores? E, levantar informações, estudar o mercado, antever como organizar o negócio, reunir os recursos necessários, conquistar os clientes e estimar o quanto necessita para viabilizar o negócio? E obter a colaboração de parceiros, colaboradores, fornecedores, investidores, se arriscando e empenhando para implementá-lo? Certamente que estes comportamentos são importantes para alguém que queira empreender, sendo protagonista de seu próprio enredo.
Basta então ter um negócio próprio para ser denominado empreendedor? Não, pois há indivíduos que também tem inciativa, e envolvem pessoas que ajudem a concretizar um trabalho social para preencher as carências da sociedade. São os fundadores de Associações, Fundações, Ongs, Cooperativas etc. Basta lembrar de pessoas que organizaram os catadores de lixo (comum ou eletro-eletrônicos), a prestação de auxilio e assistência a pessoas com câncer, AIDS, droga adidos, etc. Ou a promoção de oportunidades educacionais e culturais para regiões ou estratos sociais carentes. São os empreendedores sociais.
Ser empreendedor obrigatoriamente significa ser o fundador do negocio? Parece que não. Há casos que não foi o fundador quem de fato percebeu todo o potencial do negocio, ou quem puxou as mudanças necessárias para que o empreendimento viesse a deslanchar. Em vários exemplos pode até ter sido um dos herdeiros (exemplos são a Drogaria São Paulo, a Vinicola Salton). Em outros casos quem o adquiriu foi o empreendedor que de fato promoveu o crescimento.
Podem-se acrescentar também os empreendedores religiosos, que fundam, organizam e gerem instituições para disseminar a religião ou promover atividades assistenciais, educacionais ou culturais. (Estamos nos referindo aqui aos casos em que o verdadeiro propósito destes empreendedores sejam estes que listamos).
Esgotamos? Não. E os colaboradores de empresas e organizações que lutam para levar à frente suas idéias para novos produtos ou serviços, ou aperfeiçoar os que já existem? São os intraempreendedores que se arriscam e para conseguir adesão à sua idéia, apoio e recursos, adesão para viabilizá-la.
E, na esfera política há os que empreendem? Sim, e até existe uma premiação de Prefeitos Empreendedores promovido pelo Sebrae, para incentivar aos administradores que promovem ações que resultam em maior desenvolvimento econômico e na sustentabilidade (Ainda são poucos, mas isto é devido a outros fatores…)
Resumindo: enfatizamos que ser empreendedor se refere às diferentes possibilidades de ter iniciativa, de vislumbrar oportunidades, agindo sobre elas, definindo objetivos, comprometendo-se e assumindo responsabilidades. É acreditar em resultados positivos, convencendo os que estão a sua volta, fazendo com que se envolvam. Envolve a persistência, a busca de qualidade e de inovação, assumir risco (devidamente analisado), e o planejamento e acompanhamento de resultados.
Todos estes comportamentos, se colocados em marcha, não importa em que área dou ambiente a pessoa estiver atuando, provocarão resultados que farão com que ela seja identificada como empreendedora, e apenas vão diferir no grau de empreendedorismo manifestado.

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