O The New York Times ampliou as ofertas de planos para assinatura digital. Parece uma decisão tranqüila, mas está bem longe disso. O motivo está nos resultados financeiros do primeiro trimestre deste ano que não foram bons. A receita com circulação cresceu 6,5% em relação aos primeiros três meses de 2012. Motivo: expansão de 45% na base de assinantes digitais. Esta foi a boa notícia. O faturamento com publicidade caiu 11,2%, na mesma comparação com o ano passado.
A iniciativa de mais alternativas na assinatura digital faz parte de um plano estratégico na direção de um modelo de negócio baseado na monetização do conteúdo, menos dependente das receitas publicitárias. Como mostrou matéria do Globo de 26/4, pg 27, serão três tipos de assinaturas digitais. A primeira dará acesso às principais notícias do dia por um preço bem barato. A segunda permitirá acesso às editorias importantes, como política ou esportes, mas pagando menos que o valor cheio. A terceira, o leitor recebe todo o conteúdo, mas recebe também “alguns extras” como convite para eventos e compartilhamento do login.
Há um fato muito relevante que impulsionou esta estratégia: o lucro líquido da empresa caiu 93% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2012. A receita total foi de US$ 465.9 milhões, 2% menor que a obtida no ano passado nos três primeiros meses.
O jornal venderá ativos e passará a vender imagens. Haverá concentração de esforços: o plano estratégico prevê que o International Herald Tribune será renomeado International New York Times para aumentar presença internacional e fortalecer a marca principal. Os ativos do New England Media Group, que inclui o Boston Globe, serão vendidos.
A mudança que recebeu maior destaque é que o jornal investirá no crescimento da produção de reportagens em vídeo, até mesmo com transmissão de eventos ao vivo.