Envelhecimento da população desacelera a economia

A data está marcada: em dez anos a população brasileira com mais de 65 anos aumentará 44%. Isto quer dizer, diminuirá a população em idade ativa. Portanto, menor desenvolvimento econômico. Estudo da agência de avaliação de risco, Moody’s, indica que a redução desta população em idade ativa, com o declínio da taxa de investimento devem impor restrições importantes à expansão das economias desenvolvidas e emergentes.

No Brasil, 8% da população terá 65 anos ou mais em 2015, contra 26,4% no Japão, ou 21,4% na Alemanha, as mais velhas do grupo de 55 países pesquisados. Mas, em 2015, o percentual de brasileiros com 65 anos ou mais será de 11,4% chegando a 13,6% em 2030, como mostrou matéria do valor Econômico, de 7/08, pg A2.

Segundo o estudo, o envelhecimento populacional deve reduzir o crescimento econômico agregado em 0,4% no período entre 2014 e 2019 e em 0,9% de 2020 a 2025.

Os autores do relatório da Moody’s esperam que o ritmo de crescimento da população brasileira em idade ativa arrefeça em 7,5% entre 2015 e 2030, ante alta de 23,7% entre 2000 e 2015.

Este é um avanço de população ativa inferior ao de outros países da América Latina, embora ainda seja crescente, diferente de muitos países europeus.

Em 2015, 60% dos países com ratings atribuídos pela Moody’s terão mais de 7% de suas populações com mais de 65 anos. Porém, até 2020, sociedades altamente envelhecidas, aquelas com mais de 20% de idosos, serão 13 ante 4 hoje: Alemanha, Japão, Itália e Finlândia. Até 2034, 34 países estarão no grupo dos altamente envelhecidos.

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