Apenas duas empresas, a Netflix e YouTube dominam mais da metade do fluxo de download da web nos Estados Unidos. O dado se refere ao segundo semestre deste ano, até outubro, descrito no relatório “Global Internet Phenomena Report”, elaborado pela Sandwine, consultoria canadense de monitoria da rede. Outra importante constatação do relatório é a migração da pirataria para o consumo legal de vídeos e músicas no formato streaming.
A maior parcela de downstream, o fluxo de dados que vai de uma fonte até os computadores, é da Netflix, que domina 31,6% do tráfego total da rede. O You Tube vem em segundo lugar com 18,7, aumento de 9% em relação aos números do primeiro semestre deste ano. Juntos os dois portais de vídeo controlam 50,3% do tráfego da web.
O crescimento do serviço de streaming, como mostrou a matéria do Globo de 14/11, pg 33, causou forte impacto na participação dos sites peer to peer, conhecido pelo compartilhamento de filmes piratas. O relatório da Sandwine garante que o tráfego da Bit-Torrent, por exemplo é de 7,3%, com tendência de queda. A prática da troca de arquivos é cada vez menor: tem agora 9,3% de participação contra 31,1% que tinha em 2008.
Na América Latina, o You Tube detém 38,6% do tráfego de downstream e a troca de arquivos ainda alcança 20% do total, mas a tendência também é de queda. O Netflix ocupa apenas 2,2%, mas alcançou crescimento de 20% em relação ao primeiro semestre do ano.
Há um problema para expansão do streaming na América Latina que consome 4,4 GB de dados por mês, em média, por assinante. Ë muito baixo em comparação internacional. Nos EUA este volume é de 17,6 GB. Na Ásia é de 17 GB. Na Europa , 7,2GB. De acordo com o relatório da Sandwine, o motivo é a velocidade de acesso na América Latina, muito mais baixo do que em qualquer outra parte do mundo.
