A solução é menos ou mais Bill Gates na Microsoft?

O que fará Bill Gates? Há um fato: Steven Ballmer anunciou que deixará o posto de diretor executivo da Microsoft no próximo ano. O que vale para qualquer empresa, vale também para as de TI, especialmente para um do tamanho da Microsoft? A parte de Gates na empresa representa US$ 12,8 bilhões. Muitos funcionários e investidores lembram de forma saudosa quando a empresa era dirigida por Gates. E ele tem sido visto na sede da empresa, em Redmond, Washington, com mais frequência desde o comunicado de Ballmer.

Portanto, os rumores aumentaram de que ele voltará para tentar uma “virada” na Microsoft. Nos últimos anos os tropeços da empresa se intensificaram drasticamente. Porém, alguns investidores, com poder na companhia, dizem que a Microsoft precisa de menos e não de mais Gates. Para estes críticos, ele atrapalharia a mudança de estratégia que a empresa precisa.

Os problemas da Microsoft são conhecidos. Matéria do The New York Times, assinada por Nick Wingfield, que o estadão traduziu em 9/10, pg B16, mostrou que a empresa vem brigando por novos mercados importantes nos últimos anos, especialmente no campo de celulares e tablets, o que levou alguns executivos a pedir a volta de Bill ao seu posto. Outros analistas repetem que esta é a estratégia que precisa ser trocada. A busca pelo substituto de Ballmer ainda está no começo. É claro que o “processo” pode ser acelerado repentinamente, mas tudo indica que o conselho diretor da companhia não agirá até o final do ano. A lista de concorrentes para o posto é grande. Nomes bem importantes já circulam na mídia especializada.

Definir o novo executivo pode significar definir nova estratégia, Vários investidores dizem que Gates também é o responsável pelas dificuldades da empresa. Na semana passada apareceram muitas notícias de que três acionistas pressionaram a diretoria para afastar Bill Gates do cargo de chairman insistindo que ele será um obstáculo a mudanças de estratégia. Na prática o que essa decisão esconde é se o ciclo nas empresas de TI, representado pela lógica de desenvolvimento de produtos simbolizada pela ascensão de executivos como Gates, está acabado , ou não.

Na quinta-feira da semana passada o conselho recomendou que a reeleição de Bill como conselheiro, contou o N Y Times. A futura função dele na empresa, porém, dependerá do perfil do novo diretor executivo.

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