O desbravamento dos desbravados

Letícia Teixeira – aluna do Curso de Jornalismo da ESPM/SP

É, a história se repete! Países em desenvolvimento buscam parceiros econômicos para chamar de seus em países sub – desenvolvidos, mas com chance de crescimento.

O desbravamento dos desbravados. É assim que os países outrora desbravados por nações desenvolvidas dos séculos passados, agora, em desenvolvimento e chamados de BRICS, procuram expandir seus horizontes e encontrar novos parceiros. Como? Em busca da conquista (ou reconquista) do continente negro, a África e suas muitas riquezas. Um exemplo disso é a atuação do Brasil e da China, que passaram a investir no continente em busca dos seus produtos.

O mercado chinês encontra no continente não só uma boa opção para a produção de matéria prima, mas também uma estratégia para impulsionar e garantir seu crescimento econômico e industrial e atingir um mercado global e quem sabe, a longo prazo, o primeiro lugar da economia mundial.

Uma estratégia sem envolvimento político. E o que a África ganha com isso? Simples, infraestrutura, crescimento e principalmente, poder. Os grandes nomes políticos só se mantêm no poder com dinheiro e a China promove isso a ao país. Enviar o dinheiro sem fazer perguntas e investir sem exigências políticas, o contrário do que faz o Banco Mundial, tornam o interesse africano ainda maior pelo investimento chinês.

O resultado? Um comércio mundial de mais de 100 bilhões de dólares, uma remessa maior do que o continente marcado pela fome e pela miséria já adquiriu em toda a sua existência.

Já o Brasil, a sétima economia do mundo, busca uma rota de investimentos principalmente por causa de uma disputa de influência entre este e o primeiro e uma tentativa forte de tirar o atraso, já que somos o jogador atrasado. A diferença? Uma sigla de 5 letras – BNDES – ou seja, o estado entra na briga para dar a circunstância perfeita que o investidor brasileiro precisa. Se perdermos, o estado perde, se ganharmos os investidores ganham.

Esse cenário brasileiro atrai investidores de peso: Vale, Petrobrás, Odebrecht e Camargo Corrêa. Eles buscam minérios (como o minério de ferro, por exemplo) e petróleo além de ambiente para um mercado consumidor diferenciado. A brincadeira já gerou mais de 25 bilhões de dólares aos nossos cofres.

Quem ganha? O leitor deve estar se perguntando?

Basta saber se prevalecerá o não envolvimento político chinês ou a segurança do estado brasileiro fornecida pelo BNDES. E isso só o tempo dirá.

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