Wall Street rapidamente enxergou a lógica por trás do movimento do Walmart de disputar a compra do TikTok – ter acesso a milhões de usuários jovens e digitalmente experientes que podem ajudar a empresa a impulsionar seu negócio de vendas online.
A varejista revelou planos de enfrentar a Microsoft fazendo uma oferta pelas operações do TikTok nos EUA, horas após o presidente-executivo do aplicativo anunciar sua renúncia.
Analistas disseram que o Walmart comprar uma participação no aplicativo de vídeos da chinesa ByteDance, com cerca de 100 milhões de usuários mensais ativos nos Estados Unidos, pode ser uma virada de jogo para a maior varejista do mundo.
“Conectar-se com um público mais jovem é vital para a perspectiva de longo prazo do Walmart, especialmente à medida que mais gerações digitalmente nativas entram em seus anos principais de consumo”, disse o analista do UBS Michael Lasser.
“As linhas entre as compras tradicionais, as compras digitais e as redes sociais estão se tornando menos evidentes. O Walmart precisa de mais exposição à essa tendência.”
As empresas têm se esforçado para anunciar e vender em aplicativos como o TikTok e o Instagram, do Facebook, que viram um aumento nas vendas, à medida que as pessoas passam horas todos os dias assistindo os vídeos mais recentes de seus influenciadores favoritos.
Cerca de 23% dos usuários dos EUA relataram ter feito uma compra no Instagram no início deste ano, ante 15% no fim de 2019, de acordo com pesquisa realizada pela RBC Capital Markets.
Uma combinação das operações de e-commerce e dados de clientes do Walmart, com a plataforma de nuvem Azure, da Microsoft, e os usuários do TikTok poderia criar um gigante digital ainda mais dominante do que a Amazon ou o Facebook, disse o analista da Jefferies Christopher Mandeville.
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