A União Europeia alertou nesta quarta-feira sobre o aumento de ataques cibernéticos por entidades apoiadas por Estados e grupos de fora da UE e afirmou que é crucial avaliar os riscos apresentados por fornecedores de equipamentos de telecomunicações que possuem participação significativa de mercado na região.
Os comentários foram publicados em relatório preparado pelos Estados membros da UE sobre riscos à segurança cibernética para as redes de telecomunicação 5G. Embora o relatório não mencione nenhum país ou empresa, observadores citam frequentemente a China e o maior fornecedor de equipamentos de telecomunicações do mundo, a Huawei Technologies, como ameaças em potencial.
“Entre os vários atores em potencial, os países não pertencentes à UE ou apoiados por Estados são considerados os com maior probabilidade de atingirem as redes 5G”, disseram a Comissão Europeia e a Finlândia, que atualmente ocupa a presidência rotativa da UE.
“Neste contexto de maior exposição a ataques facilitados por fornecedores, o perfil de risco de fornecedores individuais se tornará particularmente importante, incluindo a probabilidade de o fornecedor estar sujeito a interferências de um país não pertencente à UE”, disseram eles.
O governo dos EUA quer que a Europa proíba os equipamentos da Huawei porque diz que podem ser usados por Pequim para espionagem, algo que a empresa com sede em Shenzen nega repetidamente.
A Huawei, que concorre com a finlandesa Nokia e a sueca Ericsson, disse estar pronta para trabalhar com seus parceiros europeus na segurança da rede 5G.
“É com satisfação que observamos que a UE cumpriu seu compromisso de adotar uma abordagem baseada em evidências, analisando minuciosamente os riscos, em vez de visar países ou atores específicos.”
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