Produção industrial da China avança em abril, mas preocupação com empregos pesa sobre consumo

A produção industrial da China cresceu pela primeira vez neste ano conforme o país ressurge lentamente das paralisações devido ao coronavírus, embora o consumo tenha permanecido fraco em meio às perdas de emprego. 

A produção industrial cresceu 3,9% em abril sobre o mesmo mês do ano anterior, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira, 15. Em março, a queda foi de 1,1%. Após meses de isolamento, a China está reabrindo sua economia uma vez que o coronavírus fica sob controle. A produção de petróleo, carvão, metais e eletricidade aumentou depois que as fábricas retomaram as operações em abril.

Entretanto, o país continua a enfrentar grandes desafios no setor de serviços, particularmente o varejo, conforme a pandemia varre o resto do mundo afetando outras economias e parceiros comerciais.

Uma preocupação em particular para as autoridades é a perspectiva de aumento do desemprego, que apresenta riscos políticos significativos para a população de 1,4 bilhão de pessoas.

“No geral, esse conjunto de dados mostra apenas pequenas e graduais melhoras na atividade econômica, o que pode afetar os mercados, já que a China é considerada a primeira economia a sair da pandemia de covid-19”, disse Iris Pang, economista-chefe do ING.

Embora grande parte da economia tenha reaberto, muitas indústrias enfrentam redução ou cancelamento das encomendas do exterior.

A taxa de desemprego da China para abril foi de 6,0%, ligeiramente acima do mês anterior. Os gastos do consumidor permaneceram fracos no mês passado, com as vendas no varejo caindo 7,5%, ante expectativa de queda de 7,0% e ampliando a retração dos três primeiros meses do ano. O investimento em ativos fixos recuou 10,3% entre janeiro e abril, contra projeção de recuo de 10,0% e após queda de 16,1% no primeiro trimestre.

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