Por sete vezes no mês passado, Benjamin Karmis, um padre de 26 anos de Wheaton, Estados Unidos, tentou sem sucesso comprar o PlayStation 5 em sites de varejo incluindo do Walmart e o Facebook Marketplace.
Ele não conseguiu comprar o console de videogame lançado recentemente pela Sony. Não porque outra pessoa chegou na frente, mas porque ele e outros consumidores foram superados por um software automático usado por revendedores de produtos com alta demanda.
Neste ano, estes softwares automáticos, conhecidos como “bots”, também miraram produtos como papel higênico e desinfetantes. Na Inglaterra, eles conseguiram até ocupar lugares de compras online reservados para idosos em quarentena.
Os varejistas estão tentando novas táticas contra a prática conhecida como “scalper bot” (“robô cambista”, em português), depois que as medidas de isolamento social impulsionaram a revenda de produtos online para um nível nunca antes alcançado, afirmaram especialistas em cibersegurança.
Algumas lojas prometeram melhorar medidas de segurança. Outras ampliaram a oferta ou ofereceram produtos apenas para clientes conhecidos.
“Dado que a programação dos bots está constantemente evoluindo e sendo reescrita, desenvolvemos e atualizamos continuamente nossas próprias ferramentas de detecção de robôs que nos permitem bloquear com sucesso a maior parte deles”, disse um porta-voz do Walmart.
“As vendas online já estavam em nível recorde neste ano por causa da Covid e o lançamento de videogames de nova geração está criando volumes e padrões de consumo que nunca vimos antes.”
https://br.reuters.com/article/internetNews/idBRKBN28I2LY-OBRIN