Nos EUA, grandes varejistas têm fortes vendas

Grandes varejistas dos Estados Unidos registraram fortes vendas no primeiro trimestre, beneficiadas pelos cheques que o governo americano colocou nas mãos dos consumidores, que foram às compras nas lojas físicas e na internet. 

O Walmart, o maior varejista do mundo, melhorou suas perspectivas financeiras para o restante do ano depois de registrar o mais forte volume de vendas em um primeiro trimestre de sua história. Segundo a empresa, seus clientes estavam estocando mantimentos, roupas, utensílios domésticos e material de jardinagem. 

A loja de departamentos Macy’s também elevou suas expectativas para o ano, e avaliou que as tendências de vendas melhoraram ao longo do primeiro trimestre, à medida que a recuperação econômica ganhou força. 

E na Home Depot, a rede de lojas de bricolagem, o boom de projetos de pequenas reformas domésticas alimentado pela pandemia continuou a impulsionar a demanda por tábuas de madeira e ferramentas, o que levou a empresa a também registrar receitas recordes no primeiro trimestre. 

Os resultados indicam que mais compradores voltaram às lojas, mesmo enquanto a inflação subia e o avanço da vacinação contra a covid-19 levava a mais gastos com viagens e outras atividades de lazer. 

O executivo-chefe do Walmart, Doug McMillon, disse que todos os segmentos de negócios tiveram um bom desempenho no último trimestre, com crescente movimentação nas lojas e um aumento de 37% nas vendas de comércio eletrônico nos EUA. 

Enquanto os cheques de estímulo nos EUA criaram um clima favorável, “também vemos sinais encorajadores de que nossos clientes querem sair e fazer compras”, disse McMillon a analistas em uma teleconferência. Ele acrescentou que o segundo trimestre também estava mais forte do que o esperado. “Meu otimismo é maior do que no início do ano”, contou. 

Nos três meses até o fim de abril, a receita total do Walmart cresceu 2,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, para US$ 138 bilhões, montante superior às previsões dos analistas, de US$ 132 bilhões. As vendas comparáveis nas lojas do Walmart nos EUA saltaram 6%, à exceção do combustível, o que ficou acima das estimativas de ganho de 0,8%, à medida que a empresa conquistou participação no mercado de mantimentos. 

A expectativa do Walmart agora é de que o crescimento das vendas líquidas este ano fique na faixa baixa a média de um dígito, em uma base porcentual, sem contar alienações. A previsão anterior era de haveria um aumento na faixa baixa de um dígito. 

As grandes lojas físicas tiveram um bom desempenho no ano passado, especialmente aquelas que oferecem uma gama ampla de produtos e atraíram os consumidores que buscavam fazer todas as compras em um só lugar durante a pandemia. 

Craig Menear, executivo-chefe da Home Depot, classificou a demanda por projetos de pequenas reformas domésticas como “sem precedentes”. Sua empresa gerou US$ 37,5 bilhões em vendas no primeiro trimestre, uma alta de 32,7% em relação ao mesmo período do ano anterior e superior à previsão dos analistas, que era de US$ 35 bilhões. 

As vendas na mesma base de lojas cresceram mais rápido do que no trimestre anterior, com um salto de 31%, em comparação com o ganho de 24,5% no período das festas de Ação de Graças e Natal. 

A expectativa dos analistas era de que o ritmo do crescimento das vendas diminuísse. No entanto, a Home Depot registrou 19% mais transações do que no mesmo trimestre do ano anterior, e o gasto médio por cliente cresceu 10%, para US$ 82,37. 

A Macy’s informou que a demanda continua forte nas categorias de produtos para a casa, joias, perfumes e artigos de luxo, enquanto os clientes mostraram mais interesse em itens para ocasiões especiais, já que começam a viajar mais. 

As vendas comparáveis, aí incluídas as de departamentos franqueados, aumentaram 64% em relação ao ano passado, quando as receitas caíram muito por causa do fechamento temporário das lojas da Macy’s no auge da pandemia. Apesar disso, ficaram 10% abaixo do nível equivalente em 2019. 

Com um todo, as receitas cresceram em mais da metade, para US$ 4,7 bilhões, e superaram a estimativa de Wall Street, de US$ 4,4 bilhões. 

As lojas da Macy’s “continuam a mostrar sinais de recuperação mais cedo do que o esperado”, segundo seu executivo-chefe, Jeff Gennette. “Em Estados em que as campanhas de vacinação são mais fortes e nas áreas onde as restrições foram relaxadas, observamos um aumento correspondente no tráfego de pedestres.” 

A previsão da Macy’s é de até US$ 22,2 bilhões em vendas líquidas neste ano, acima da previsão anterior de cerca de US$ 20,8 bilhões. A empresa mais do que dobrou sua perspectiva de lucros 

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2021/05/19/nos-eua-grandes-varejistas-tem-fortes-vendas.ghtml

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