A fabricante americana de chips Nvidia, empresa cujo valor de mercado é de US$ 3,48 trilhões e que disputa com a Apple o posto de mais valiosa do mundo, divulga os resultados referentes ao terceiro trimestre do ano fiscal de 2025 na quarta-feira (20), após o fechamento da Nasdaq. Além de projeções otimistas sobre os números, o mercado está atento à chegada das novas gerações de chips da empresa.
As unidades de processamento gráfico (GPUs) da companhia sediada na Califórnia (EUA) vêm sustentando o avanço da inteligência artificial (IA) generativa.
Na divulgação dos resultados do segundo trimestre, a Nvidia projetou receita total de US$ 32,5 bilhões para os três meses encerrados em outubro, um avanço de 79,6% ante a receita de US$ 18,1 bilhões apresentada um ano antes.
A expectativa do mercado é maior. Na sondagem feita pela Zacks Investment Research, analistas projetam que a Nvidia apresente uma receita de US$ 32,8 bilhões no trimestre, o que representa um salto de 81,2% ante o resultado apresentado um ano antes. Já o consenso da Visible Alpha projeta uma receita de US$ 33,1 bilhões para a empresa.
A barra que mede o sucesso da Nvidia não depende mais apenas de resultados financeiros fortes, avalia o analista da consultoria eMarketer, Jacob Bourne. “Os investidores estão particularmente focados no cronograma de produção dos chips Blackwell e se a Nvidia pode manter sua vantagem tecnológica em meio à crescente concorrência da AMD e de chips de de IA internos de grandes provedores de nuvem”, disse Bourne em comunicado.
As GPUs da Nvidia abastecem as infraestruturas de centros de dados (“data centers”) de outras gigantes de tecnologia por trás do avanço da inteligência artificial (IA) generativa, incluindo Amazon, Alphabet, controladora do Google, e Microsoft.
“Os padrões de gastos com infraestrutura de IA da ‘big tech’ são um foco crítico – gastos que historicamente impulsionaram o crescimento da Nvidia”, nota o analista da eMarketer. “Além do desempenho trimestral, os investidores examinarão a orientação e as condições mais amplas do mercado, mesmo que a posição da Nvidia como a designer de chips de IA dominante pareça segura por enquanto”, diz Bourne.
No entanto, as mesmas “big techs” que são clientes da Nvidia também estão produzindo, em paralelo, seus próprios chips para IA generativa, buscado reduzir a dependência da fornecedora líder do mercado.
No entanto, as mesmas “big techs” que são clientes da Nvidia também estão produzindo, em paralelo, seus próprios chips para IA generativa, buscado reduzir a dependência da fornecedora líder do mercado.
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2024/11/18/na-mira-do-mercado-o-balanco-da-nvidia.ghtml
