Mais 840 mil americanos entraram com pedido de seguro-desemprego na semana passada, em mais uma evidência de que as demissões seguem altas nos EUA após sete meses de recessão.
Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, mais de 800 mil pessoas são demitidas a cada semana – muito acima do que o registrado durante a Grande Recessão de 2009-09.
“Algumas dessas novas demissões vêm de firmas que não quiseram ou não tiveram que demitir num primeiro momento”, disse Constance Hunter, economista-chefe da KPMG. Agora, “essas empresas não têm outra escolha, mas começar a reduzir sua força de trabalho”, acrescentou.
Outro relatório divulgado ontem mostrou que déficit orçamentário dos EUA disparou para US$ 3,1 trilhões no ano fiscal terminado em 30 de setembro, de US$ 984 bilhões do ano anterior. O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) atribuiu essa explosão no déficit às medidas emergenciais do governo para combater os efeitos econômicos da covid-19. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o déficit orçamentário chegou a 15,2%, o percentual mais alto desde 1945, quando o país financiava a recuperação pós-Segunda Guerra