A chinesa Huawei Technologies ultrapassou a Apple para se tornar a segunda maior vendedora de smartphones do mundo no trimestre encerrado em junho, mostraram dados de uma empresa de pesquisa de mercado, uma vez que ganhou terreno na Europa e expandiu sua liderança no mercado chinês.
O aumento estimado da participação de mercado ocorre com a desaceleração do maior mercado de celulares do mundo, a China. A Huawei também conseguiu superar os rivais ao vender mais celulares com repletos de recursos, disseram analistas.
“A Huawei está mudando para modelos de maior valor agregado, lançando novos smartphones com os mais recentes recursos. O P20 Pro é o primeiro celular a ser equipado com câmeras triplas, superando concorrentes no mercado”, disse em nota o analista da IHS Markit, Gerrit Schneemann.
A Huawei informou na terça-feira que obteve uma receita 15 por cento maior nos primeiros seis meses de 2018, estável nos níveis observados um ano atrás.
De acordo com a IHS e a Strategy Analytics, a Huawei tinha mais de 15 por cento do mercado mundial de smartphones durante o segundo trimestre do ano, ultrapassando os cerca de 12 por cento da Apple e atrás apenas da Samsung Electronics, que tem quase 20 por cento de participação.
Dados da Canalys, que estima que as vendas da indústria de smartphones na China superaram 100 milhões no trimestre até junho, ante 91 milhões nos três primeiros meses do ano, mostram que a Huawei aumentou sua participação no mercado doméstico em 6 pontos percentuais no ano, para um recorde de 27 por cento.
O mercado chinês é fundamental para a Huawei, uma vez que a empresa vem sendo criticada pelos Estados Unidos, Austrália e outros países por preocupações de que a fabricante poderia facilitar a espionagem do governo chinês.
A empresa foi virtualmente excluída dos Estados Unidos, já que nenhuma das principais operadoras de telefonia vendem seus smartphones.
A Huawei tem negado facilitar a espionagem e disse que é uma empresa privada que não está sob controle do governo chinês e não está sujeita às leis de segurança chinesas no exterior.
https://br.reuters.com/article/internetNews/idBRKBN1KM5S7-OBRIN