A Globo deu início a estudos para a venda da gravadora Som Livre. A gravadora é a terceira maior do país pelo critério de receita, atrás apenas de Sony e Universal e à frente da Warner Music.
A decisão de vender a Som Livre é parte do processo de transformação da companhia, baseado no modelo D2C (sigla em inglês de “direto para o consumidor), no qual uma empresa controla todas as fases dos processos de produção e distribuição.
Em nota, a Globo informou que vem fazendo uma análise detalhada do valor estratégico de seus ativos, com foco nos negócios que mais atendem à sua estratégia principal.
Fundada em 1969, a Som Livre tinha o objetivo principal de pôr à disposição do público as trilhas sonoras das novelas e minisséries da Rede Globo. Nas suas primeiras décadas de existência, apesar do lançamento de artistas individuais, o grosso do negócio da gravadora foi baseado em trilhas sonoras e compilações.
Com a entrada em cena da música digital via internet, no início dos anos 2000, primeiro por meio de downloads e mais à frente com o streaming, a empresa percebeu que essa linha de negócios não era sustentável, lembra Marcelo Soares, diretor-geral da Som Livre.
Há dez anos, a Som Livre fez uma mudança em seu modelo de negócios, migrando seus investimentos para a gestão de talentos. Passou, também, a atuar em diversas plataformas.
“O Brasil é um mercado onde a música local representa quase 70% do consumo total. A Som Livre, com foco integral na música brasileira, cresceu por mais de dez anos seguidos numa velocidade maior que a do mercado”, acrescenta o diretor-geral da Som Livre.
A gravadora revelou talentos como Djavan, Rita Lee e Novos Baianos e conta hoje com um elenco ativo de cerca de 80 artistas.