Elon Musk planeja demitir até metade dos empregados do Twitter

Elon Musk traçou planos para demitir até metade da força de trabalho de 7.500 funcionários do Twitter, segundo pessoas familiarizadas com o assunto, em uma grande reforma de corte de custos que pode ocorrer até o final da semana.

O bilionário pretende cortar cerca de 3.700 empregos no Twitter após sua compra da empresa de rede social por US$ 44 bilhões, disseram duas pessoas, embora o número exato possa mudar. Ele também pretende exigir o trabalho presencial no escritório a partir de segunda-feira (7), revertendo a política atual do Twitter, que permite que os funcionários trabalhem de qualquer lugar, disse uma das pessoas.

As perdas de empregos devem ocorrer na sexta (11), se não antes, disse outra pessoa. As notícias dos planos foram relatadas pela primeira vez pela Bloomberg, informou o jornal britânico Financial Times. O Twitter não comentou o assunto.

Musk já deixou sua marca no Twitter desde o fechamento da aquisição, há uma semana, pedindo aos funcionários que trabalhem ininterruptamente em projetos selecionados.

Na quarta (2), Musk anunciou um desses projetos: o Twitter pretende oferecer um serviço de assinatura premium a US$ 8 (R$ 41) por mês que verificará os usuários, aumentará a visibilidade de suas postagens e permitirá que eles vejam menos anúncios.

Ele também colocou em prática planos para reduzir significativamente o número de funcionários, depois de dizer anteriormente que poderia cortar empregos e custos para tornar o Twitter “saudável”.

No final da semana passada, ele reformulou a equipe de direção, demitindo executivos, incluindo o executivo-chefe do Twitter, Parag Agrawal. Ele trouxe um pequeno grupo de assessores de confiança, incluindo seu advogado pessoal, Alex Spiro, e o capitalista de risco David Sacks, para ajudá-lo a avaliar como administrar a empresa.

No fim de semana, Musk pediu a alguns diretores e conselheiros que elaborassem listas de quem poderiam demitir, segundo pessoas familiarizadas com o assunto, enquanto vários outros líderes da empresa, como a diretora de clientes, Sarah Personette, anunciaram suas demissões.

As medidas de corte de custos ocorrem quando Musk enfrenta preocupações de anunciantes, fonte da maioria das receitas do Twitter, que temem que seus planos de afrouxar as regras de moderação de conteúdo na plataforma levem a um aumento de conteúdo impróprio.

Em um e-mail enviado a uma agência de mídia esta semana e visto pelo Financial Times, o Twitter pediu às marcas que “aguentem conosco enquanto avançamos nessa transição”, acrescentando que não mudou suas políticas de moderação de conteúdo e procurou ser “aconchegante e acolher a todos”.

Em uma ligação na quarta-feira (2) com os principais anunciantes no Twitter, Musk disse às marcas que planeja oferecer diferentes níveis de moderação de conteúdo, como um sistema de classificação de filmes, de acordo com três pessoas informadas da conversa.

Ele também assegurou aos participantes da ligação que não tinha planos de acabar com as funções de moderação de conteúdo da empresa, disse uma das pessoas.

No entanto, Musk também pareceu descartar as preocupações dos profissionais de marketing na quarta, tuitando uma pesquisa que perguntava se os anunciantes deveriam apoiar a liberdade de expressão ou a “correção” política.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/11/elon-musk-planeja-demitir-ate-metade-dos-empregados-do-twitter.shtml

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