Com Kerry, clima volta a ter destaque nos EUA

O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, nomeou o ex-secretário de Estado John Kerry como enviado especial para o clima, num sinal de que está colocando a questão no centro de sua política externa. 

Kerry, cuja nomeação não requer confirmação do Senado, terá assento no Conselho de Segurança Nacional na Casa Branca, disse a equipe de transição. Será a primeira vez que esse órgão terá um cargo dedicado à questão climática. 

Biden prometeu reverter a política para o clima do presidente Donald Trump, que duvida da ciência convencional. Trump tirou os EUA do acordo climático de Paris, de 2015, e desmantelou as regulamentações ambientais e climáticas da era Obama. Seu objetivo foi impulsionar a exploração de carvão e petróleo e garantir energia barata para a indústria. Biden prometeu voltar ao acordo de Paris. 

Como secretário de Estado mo governo Obama, Kerry, de 76 anos, chamou as mudanças climáticas de “a arma de destruição em massa mais temível do mundo”. 

Em viagens das geleiras da Groenlândia às Ilhas Salomão, Kerry enfatizou a cooperação no combate às mudanças climáticas. 

Ele enfrentará uma tarefa desafiadora para ganhar a confiança do mundo após a rejeição de Trump à diplomacia climática. Enquanto Trump criticava o acordo de Paris como sendo caro demais para os americanos, a China, o maior emissor mundial de gases do efeito estufa, anunciou novas metas em setembro para reduzir drasticamente a poluição. 

Kerry foi senador e candidato democrata à Presidência em 2004.


https://valor.globo.com/mundo/noticia/2020/11/24/com-kerry-clima-volta-a-ter-destaque-nos-eua.ghtml

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