O Ministério do Comércio da China confirmou nesta quinta-feira, 22, que deve impor tarifas sobre importações de produtos americanos que totalizam US$ 3 bilhões, em retaliação ao movimento da Casa Branca de tarifar importações de produtos chineses.
Entre os produtos americanos que podem ser tarifados por Pequim estão carne de porco e alumínio reciclado. O governo chinês propôs um acordo para encerrar a disputa “o mais rápido possível”, mas não deu prazo final. O Ministério do Comércio ainda disse que a ação de Trump é uma violação dos princípios do comércio global, pediu cautela por parte de Washington e se disse preparado para defender seus interesses.
Mais cedo, o embaixador da China em Washington, Cui Tiankai, afirmou que Pequim não hesitaria em retaliar se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, seguisse adiante com as tarifas propostas contra o país asiático.
Em memorando assinado no início da tarde, Trump impôs barreiras em produtos chineses, alegando “roubo” de propriedade intelectual. Os chineses dizem que não concordam com as investigações.
Em vídeo divulgado na página do Facebook da embaixada chinesa nos EUA, Tiankai afirma que “não queremos uma guerra comercial com os EUA nem com mais ninguém, mas não temos medo. Se alguém tentar nos impor uma guerra comercial, vamos lutar”.
A Casa Branca apontou que as tarifas estariam próximas de US$ 50 bilhões anuais contra a China, enquanto Trump disse que as barreiras poderiam “ser de cerca de US$ 60 bilhões”.
Tiankai comentou que a China irá defender seus interesses e que irá salvaguardar o sistema global de livre comércio. Agências internacionais já apontam que Pequim prepara medidas retaliatórias contra os EUA, enquanto Trump afirmou, anteriormente, que “guerras comerciais são boas e fáceis de vencer”.