Apple multiplica câmeras do iPhone 11 para recuperar trono

Depois que o iPhone de 2018 nunca alcançou os níveis de vendas esperados e obrigou seu fabricante a realizar movimentos inéditos em sua história recente, a Apple se via obrigada a apresentar uma reação convincente. Assim chegou o momento culminante da apresentação da empresa nesta terça-feira em San Francisco, que Tim Cook encarou defendendo esses aparelhos antes de dar lugar a seus sucessores: três novos smartphones que se caracterizam por multiplicar as câmeras presentes e por dar um enfoque mais profissional aos telefones superiores da gama, lançados junto a novos modelos de tablets e relógios inteligentes.
Em primeiro lugar, o iPhone 11, que recebe o bastão do modelo XR, herda sua tela LCD de 6,1 polegadas, acrescenta novas cores ao seu exterior de alumínio e ganha uma dupla câmera na parte traseira. Graças a uma segunda lente ultragrande-angular, o novo iPhone permite reenquadrar e alterar a perspectiva depois de fazer a foto. Além disso, ganha também um modo noite, à imagem e semelhança do que oferece o Google Pixel e outros terminais Android que nos últimos dois anos deslocaram os iPhone dos primeiros lugares nos testes de qualidade das câmeras dos telefones celulares.
Para ajudar a mudar o rumo nas vendas, a Apple reduz o preço de saída de seu iPhone 11 (que começa em 699 dólares [2.864 reais], frente aos 749 dólares [3.069 reais] que custava o iPhone XR em seu lançamento). Com isto o gigante tecnológico corrige em parte o aumento generalizado de preços que acompanhou o lançamento da sua nova gama de celulares, há um ano. Em seguida, a Apple apresentou os modelos superiores de 2019, que pela primeira vez levam a etiqueta Pro. A eficiência energética do novo processador A13 Bionic, junto com refinamentos em diferentes aspectos do software e hardware do celular, conseguiram aumentar a duração da bateria em até cinco horas no iPhone 11 Pro Max de 6,5 polegadas, enquanto que a melhora no iPhone 11 Pro (de 5,8 polegadas) será de quatro horas – sempre segundo os dados fornecidos pela própria empresa, e na falta de testes independentes.
Os novos iPhone Pro custarão a partir de 999 dólares (4.093 reais) e poderão ser reservados on-line a partir de 20 de setembro, chegando às lojas uma semana mais tarde. Desta vez, a Apple lança os novos aparelhos com plano de renovação desde o primeiro momento e com ofertas de financiamento a prazo em vários países: outro gesto destinado a revitalizar as vendas do iPhone após seu estancamento no ano passado.

Videogames e séries, por 5 dólares ao mês
Depois do tradicional vídeo inicial, Tim Cook tinha começado a apresentação prometendo grandes novidades de hardware, software e serviços. E assim começou a dar detalhes do serviço de videogames Apple Arcade, que recupera o espírito das máquinas recreativas dos anos 1980 e atualiza esse estilo oferecendo um catálogo de jogos (disponíveis em todos seus dispositivos) por uma tarifa mensal de 5 dólares (20,50 reais): uma espécie de Netflix dos games, que estará disponível em 19 de setembro. Mas para competir diretamente com o líder do streaming a Apple prepara seu próprio catálogo de filmes e séries, que distribuirá através de seu próprio serviço Apple TV+, que começará a funcionar nos EUA em 1º de novembro, também a um preço de 5 dólares por mês.
Quanto ao iPad, Cook celebrou a maturidade de seu tablet, justificando a necessidade de independizar seu sistema operacional (agora denominado iPadOS) do iOS do iPhone para lhe dotar de novas funções multitarefa, novos gestos e integração com seu próprio lápis. Greg Joswiak demonstrou essas novas características do iPadOS 13, com o qual a Apple está posicionando seu tablet como uma verdadeira alternativa ao computador portátil, ao mesmo tempo em que apresentou a renovação do iPad mais básico. Disponível a partir desta terça ao mesmo preço que seu antecessor (329 dólares, 1.348 reais), amplia sua tela de 9,7 para 10,2 polegadas e duplica a potência de seu processador.

A tela “sempre ligada” chega ao Apple Watch
Insistindo nas funções de monitoramento da saúde de seus usuários, a Apple apresentou também seu novo Apple Watch série 5. Com a quinta geração, a empresa finalmente lança a função mais esperada para seu smartwatch: que a tela não fique escura a maior parte do tempo. A nova se manterá sempre ligada graças à tecnologia LPTO, sem necessidade de mexer ou levantar o pulso. Bússola e novas funções de segurança, junto com novos materiais: titânio cinza e cerâmico branco. O preço da nova geração começa em 399 dólares (1.636 reais) e estará disponível a partir desta terça, e a gama ficará completa com um modelo mais acessível (o série 3, apresentado já há dois anos)
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/09/10/tecnologia/1568139357_684716.html

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