Os EUA acreditam que há um “risco elevado” de a guerra entre Israel e o Hamas se espalhar e por isso continuarão respondendo a qualquer ataque às suas tropas por grupos militantes financiados pelo Irã, afirmou ontem o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.
“Se [alvos americanos] forem atacados novamente, responderemos”, disse Sullivan em entrevista à rede CBS, quando perguntado se o Irã foi agora dissuadido. “Estamos vigilantes porque vemos ameaças elevadas contra nossas tropas na região e um risco elevado de este conflito se espalhar para outras partes da região”, disse. Sullivan, um dos principais assessores do presidente Joe Biden, renovou os pedidos dos EUA para que Israel proteja as vidas de civis inocentes, um dia depois que o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que o país está entrando no “segundo estágio” de sua guerra para destruir a organização militante Hamas, que é classificada como grupo terrorista pelos EUA e a União Europeia (UE).
Embora acuse o Hamas de usar civis em Gaza como escudo humano, Sullivan disse que isso não diminui a responsabilidade de Israel de distinguir entre terroristas e civis e de proteger vidas inocentes.
Os EUA apoiam os pedidos de “pausas humanitárias” que possam permitir a libertação de reféns mantidos pelo Hamas, a saída de pessoas que querem deixar a Faixa de Gaza e a entrega de ajuda humanitária ao território, disse Sullivan. “Continuaremos trabalhando para esse fim”, disse ele.
Uma visita hoje a Washington do ministro da Defesa da Arábia Saudita, Khalid bin Salman, será uma oportunidade para “aprofundar não só no que está acontecendo hoje, mas no que o amanhã poderá trazer”, afirmou Sullivan.
Países árabes têm a responsabilidade de ajudar a trabalhar em direção a um “horizonte político” para os palestinos, incluindo a solução de dois Estados com Israel e o direito deles de “viver em segurança, com dignidade e igualdade”, acrescentou ele.
Defesa aérea. A Jordânia, aliada fiel dos EUA, pediu a Washington que enviasse ao país sistemas de defesa aérea Patriot para reforçar sua defesa fronteiriça com o território palestino da Cisjorânia, em um momento de elevadas tensões e conflitos regionais, informou ontem o porta-voz do Exército jordaniano. “Pedimos ao lado americano que ajude a reforçar o nosso sistema de defesa com sistemas de mísseis de defesa aérea Patriot”, disse o porta-voz do Exército da Jordânia, Mustafa Hiyari, à TV. (Com Reuters)