O crescimento trimestral das assinaturas digitais do New York Times desacelerou para o ponto mais baixo em três anos em meio, com o esfriamento no ciclo do noticiário após um 2020 dominado por manchetes sobre a eleição presidencial dos Estados Unidos, a agitação política e a pandemia.
A publicação de 170 anos adicionou 142 mil assinantes digitais à sua base no trimestre encerrado em junho, menor valor desde o segundo trimestre de 2018.
O Times expandiu seu negócio digital nos últimos anos, oferecendo uma biblioteca de conteúdo que vai de notícias a podcasts e palavras cruzadas.
“Continuamos esperando que nossas adições líquidas anuais totais de assinatura (para 2021) fiquem na faixa de 2019, embora seja difícil prever com precisão”, disse a presidente-executiva do NYT, Meredith Kopit Levien.
No final do segundo trimestre, o Times tinha 7,9 milhões de assinaturas, das quais 7,1 milhões eram apenas digitais.
A receita trimestral da empresa ficou em US$ 498,5 milhões (R$ 2,6 bilhões), superando a estimativa média dos analistas de US$ 487,7 milhões (R$ 2,5 bilhões), de acordo com dados da Refinitiv.
Isso foi impulsionado por uma recuperação nas vendas de publicidade impressa e digital, à medida que as empresas aumentaram os gastos após a queda causada pela pandemia. As vendas de publicidade aumentaram 66,4%, chegando a US$ 112,8 milhões (R$ 591,7 milhões).
Em termos ajustados, a companhia teve lucro de US$ 0,36 (R$ 1,88) por ação no trimestre passado, acima das estimativas de US$ 0,27 (R$ 1,41) por ação.