O tabloide New York Post esgotou nas bancas nova-iorquinas na última segunda-feira (13) após publicar uma capa de impacto. Menos pelas notícias, é verdade, e mais pelo que estava impresso na primeira página: uma logomarca da grife Supreme, cujos artigos viraram alvo de “devoção” dos fãs.
A proposta tanto do jornal quanto da marca, conhecida pelas lojas de skate e pelas roupas casuais, era tornar a edição item de colecionador.
Objetivo claramente alcançado: o tabloide sumiu dos pontos de venda e, em sites como o ebay, era negociado por US$ 20 (R$ 78) –a edição publicada durante a semana custa US$ 1 (R$ 3,91).
Segundo o Post, algumas cópias chegaram a ser comercializadas por US$ 100 (R$ 391) –um combo com o jornal, a carta do Post sobre a parceria e uma embalagem de devolução saía por US$ 52,50 (R$ 205) no ebay.
Em alguns locais, segundo reportagem do próprio Post, o jornal esgotou às 7h30, três horas antes do horário em que isso costuma ocorrer.
O falatório sobre a capa histórica começou no domingo, quando começaram a pipocar rumores no Twitter sobre a iniciativa, pensada para casar com a divulgação do catálogo de outono (Hemisfério Norte) da Supreme, na mesma segunda-feira.
Na manhã de segunda, a Supreme postou um vídeo no Instagram da edição de colecionador do Post rodando na gráfica do jornal, no Bronx.
Foi a primeira vez que o Post publicou uma capa inteiramente dedicada a um anúncio publicitário. “A colaboração de hoje do New York Post com a Supreme é um verdadeiro item de colecionador”, afirmou Jesse Angelo, publisher do Post.
“A Supreme é uma marca tão ‘cool’ e nós temos tanta afinidade, do desenho parecido das logos, de sermos ousados e nunca envergonhados, e baseados em Nova York.” Angelo não mencionou a quantidade de exemplares vendidos –a circulação diária do jornal é de cerca de 230 mil unidades, segundo dados da DMA (Data & Marketing Association).