O Facebook registrou um forte crescimento no lucro líquido no primeiro trimestre, que dobrou na comparação anual, para US$ 4,9 bilhões, ou US$ 1,71 por ação.
A receita cresceu 18% no período, para US$ 17,7 bilhões, apesar dos efeitos da pandemia da covid-19, com um aumento nos usuários domésticos ajudando a compensar uma queda nos preços dos anúncios.
A receita superou as projeções de analistas de US$ 17,3 bilhões, de acordo com a FactSet. Para o lucro, a expectativa era de US$ 1,74 por ação.
O crescimento expressivo da última linha do balanço acontece pela base de comparação com o primeiro trimestre de 2019, que foi afetada pelo impacto de US$ 5 bilhões relacionados à investigação da Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) sobre violação de privacidade.
Após a publicação dos resultados, as ações do Facebook subiam 8,97% nas negociações pós-mercado, aproximando o preço do patamar que iniciou 2020 — no pregão regular desta quarta-feira (29), os papéis da companhia valorizaram 6,17%, cotados a US$ 194,19.
Mão aberta
O Facebook enfrentou a crise com o bolso aberto. A empresa garantiu bônus para todos os funcionários e prometeu pagar seu exército de moderadores de conteúdo terceirizados, mesmo quando não podiam fazer o trabalho em casa.
Também prometeu US$ 100 milhões em doações e créditos de publicidade para pequenas empresas em locais onde tem presença física e anunciou que gastaria outros US$ 100 milhões em apoio a notícias locais, além de outras ações filantrópicas relacionadas à saúde.
O Facebook registrou aumentos acentuados no tráfego desde o início da crise. A empresa disse que seus usuários médios diários foram de 1,73 bilhão em março, um ganho de 11% em relação ao ano anterior.
