Sanções são meramente simbólicas, mas representam a primeira medida do governo de Joe Biden contra a Rússia e servirão para ditar o tom das relações entre os dois países
As sanções têm como alvo autoridades russas que teriam envolvimento nas ações com Navalny, segundo disseram funcionários do governo americano em uma videoconferência com jornalistas. Os EUA também reiteraram hoje o pedido para que o líder opositor seja libertado imediatamente.
A medida foi tomada em coordenação com a União Europeia (UE), que, no fim de fevereiro, aprovou novas sanções contra autoridades russas por causa das ações do Kremlin contra o opositor.
Nesta terça-feira, a UE comunicou sanções contra quatro funcionários do governo da Rússia pela prisão de Navalny. Alexander Bastrykin, chefe do Comitê de Investigação da Rússia, Igor Krasnov, procurador-geral do país, Viktor Zolotov, chefe da Guarda Nacional, e Alexander Kalashnikov, chefe do Serviço Penitenciário Federal, tiveram seus ativos na UE congelados e foram proibidos de viajar aos países do bloco.
A UE afirmou que os alvos foram escolhidos por causa de “seus papéis na prisão arbitrária” de Navalny e “na repressão aos protestos pacíficos” organizados por apoiadores do opositor para exigir que ele fosse libertado.
Navalny está preso desde o início de 2021, quando voltou à Rússia após passar cinco meses na Alemanha se tratando de um envenenamento. Ele acusa o Kremlin de estar por trás do ataque. O governo russo nega.
Em fevereiro, Navalny foi condenado a dois anos e oito meses de prisão por violar os termos de sua liberdade condicional enquanto se recuperava na Alemanha.