As exportações da China apresentaram crescimento de 8,5% em abril ante igual mês do ano passado, após avançarem 14,8% em março, segundo dados divulgados pelo órgão alfandegário do país na terça-feira, 9. O resultado foi melhor do que o esperado por economistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam alta de 6%.
Também no confronto anual, as importações chinesas tiveram redução de 7,9% em abril, bem abaixo da alta de 0,5% projetada no levantamento do jornal. Em março, as importações caíram 1,4%, na mesma base de comparação.
A inesperada queda acentuada das importações prenuncia problemas para economias que esperavam uma forte retomada da China com o fim das restrições de sua política de covid zero para estimular o crescimento de suas próprias exportações. Até agora, a recuperação foi impulsionada principalmente pelos gastos do consumidor, e não pelos investimentos em infraestrutura e em imóveis. Esse fator reduziu a demanda por commodities como petróleo bruto, minério de ferro e cobre — cujas importações recuaram em abril se comparadas ao mês anterior.
Em abril, a China acumulou superávit comercial de US$ 90,2 bilhões, maior do que o saldo positivo de US$ 88,19 bilhões de março e acima do consenso de economistas, de US$ 66,9 bilhões.
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