O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi enfático na defesa da Ucrânia contra invasão russa em discurso na Assembleia-Geral da ONU nesta terça-feira, 19. O líder americano destacou que a Rússia é a única culpada pela guerra e que nenhum país estará seguro se os princípios das Nações Unidas forem violados para “apaziguar” com o agressor.
“Devemos enfrentar esta agressão flagrante hoje para dissuadir outros possíveis agressores amanhã”, enfatizou Joe Biden. Ao pressionar os países por apoio a Kiev, o líder americano argumentou ainda que a Rússia conta com o cansaço de uma guerra prolongada para “brutalizar a Ucrânia sem consequências” e foi aplaudido quando prometeu que os Estados Unidos vão continuar ao lado dos ucranianos.
A reunião deste ano foi planejada para considerar as crescentes demandas das nações do “Sul Global”, um grupo informal de países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Esses Estados têm se frustrado com o foco da arena internacional sobre o conflito na Ucrânia enquanto suas crises recebem atenção e financiamento mínimos, afirmam diplomatas.
Em meio aos questionamentos de países emergentes, como o Brasil, sobre a eficácia desse sistema de governança internacional, Biden sugeriu que é preciso reunir mais lideranças “especialmente das regiões que nem sempre foram incluídas”. Em sinal de apoio à expansão do Conselho de Segurança da ONU, o americano reconheceu as limitações do modelo atual, herdado do pós-Guerra, e defendeu que as instituições devem ser atualizadas para acompanhar o mundo a “começar pelas Nações Unidas”.
Em mais um apelo ao multilateralismo, o presidente americano defendeu que nenhuma nação pode enfrentar sozinha os desafios deste momento, que vê como um ponto de inflexão para o mundo. Nesse sentido, destacou a emergência da crise climática e aproveitou o púlpito da ONU para enaltecer as ações do próprio governo no combate ao aquecimento global.
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