O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, enfatizou em seu discurso de abertura na Assembleia-Geral da ONU o resgate ao multilateralismo em sua política externa, disse que o combate à desigualdade tem que ser uma prioridade mundial, cobrou os países ricos por dívidas ambientais e fez críticas ao Conselho de Segurança, que teria “perdido a capacidade de mediar conflitos”.
Lula não se referiu diretamente à Rússia nem a Vladimir Putin quando falou da Guerra na Ucrânia, e mencionou outros conflitos mundiais para reforçar que “nenhuma solução será duradoura se não for pautada em diálogo”. A Rússia invadiu unilateralmente a Ucrânia em fevereiro de 2022, contra todos os apelos da comunidade internacional.
O presidente brasileiro usou o tema para pedir uma reforma no Conselho de Segurança da ONU. Lula afirmou que a guerra na Ucrânia “escancara a incapacidade coletiva de fazer prevalecer os propósitos e princípios da Carta da ONU”, ressaltando que o “imobilismo das instituições da governça global” ajuda a piorar os problemas.
O presidente brasileiro falou por 21 minutos e foi aplaudido cinco vezes durante seu discurso. O presidente destacou a redução do desmatamento na Floresta Amazônica em seus oito meses de governo. Aproveitou para cobrar os países do Ocidente, sinalizando que diversos países prometeram uma contribuição de US$ 100 milhões para a Amazônia, mas que a promessa não se tornou realidade.
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