Joe Biden conquistou formalmente a nomeação presidencial democrata na noite de terça-feira, uma posição que ele buscou por mais de três décadas, coroando uma vitória inesperada nas primárias que ele garantiu com uma ampla coalizão de eleitores de seu partido.
Pouco depois das 22h no horário de Washington, Biden recebeu o apoio de delegados suficientes para garantir a nomeação durante uma votação nominal na segunda noite da convenção nacional dos democratas, realizada virtualmente em razão da pandemia de covid-19.
Biden apareceu na transmissão a partir do Estado em que reside, Delaware, com sua esposa, Jill Biden, e seus netos, para aceitar a nomeação.
“Bem, muito, muito obrigado do fundo do meu coração”, disse ele. “Isso significa o mundo para mim e minha família”, afirmou o agora candidato democrata à eleição presidencial deste ano.
O partido usou a primeira hora do evento para atacar novamente a liderança do presidente Donald Trump nos últimos quatro anos, enquanto um grupo de estrelas em ascensão do partido era destacado.
Biden, de 77 anos, chegou a esse momento depois que um grande campo de candidatos passou parte de 2019 debatendo a ideologia do partido.
O ex-vice-presidente da gestão Barack Obama, que concorreu como um dos candidatos mais moderados, reuniu uma coalizão de eleitores negros, suburbanos e mais velhos para se tornar o candidato.
O senador Bernie Sanders, de Vermont, seu rival mais antigo e líder da ala progressista do partido, desistiu da disputa no momento em que a pandemia do covid-19 se instalou e depois que Biden ultrapassou a liderança de delegados de Sanders.
Os luminares do partido que falaram na terça-feira reforçando o argumento do partido de que Trump, um republicano, falhou em liderar os Estados Unidos no cenário mundial e durante a pandemia, que ceifou mais vidas naquele país do que em qualquer outro lugar.
Os democratas desistiram de fazer a convenção como planejada em Milwaukee depois que a covid-19 se espalhou e pediram aos delegados que ficassem em casa.
“Nosso partido está unido em oferecer a você uma escolha muito diferente: um presidente que vai trabalhar”, disse o ex-presidente Bill Clinton. “Um cara pé no chão que faz o trabalho. Um homem com uma missão: assumir a responsabilidade, não transferir a culpa; concentrar-se, não distrair; unir, não dividir. Nossa escolha é Joe Biden.”
Já Trump está apresentando seu próprio show esta semana, viajando para Wisconsin na segunda-feira para enfatizar a ausência de Biden, bem como para Minnesota.
Na terça-feira, ele apareceu em Iowa e no Arizona, e está programado para visitar a região onde Biden nasceu: Scranton, na Pensilvânia, na quinta-feira. Sua convenção na próxima semana também será em grande parte virtual, e Trump disse que planeja aceitar sua própria indicação em um discurso ao vivo na Casa Branca.