Biden busca acordo de imigração

O governo Joe Biden planeja assinar amanhã uma declaração conjunta com países participantes da Cúpula das Américas que, pela primeira vez, se comprometerão a acolher migrantes que se deslocam pela região. Atualmente, há seis milhões de venezuelanos que vivem em países da Colômbia ao Equador e EUA, bem como centenas de milhares de migrantes de países da América Central, haitianos e cubanos.

Espera-se que os participantes da cúpula concordem com uma estrutura em que mais países recebam migrantes e criem mais vias de vistos para que possam se mover de forma legal pela região para obter trabalho ou proteção humanitária, dizem pessoas familiarizadas com o assunto. Em troca, Biden aumentará o compromisso econômico dos EUA com países com grandes populações de migrantes. 

“Isso representa uma mudança de paradigma realmente significativa na forma como a região está enfrentando a crise migratória”, disse o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan. Segundo ele, uma das formas de apoio dos EUA aos países participantes seria ajudando-os a obter acesso a financiamento.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, encarregada por Biden de abordar as causas da migração de populações da Guatemala, Honduras e El Salvador, anunciou na terça-feira quase US$ 2 bilhões em investimentos do setor privado para esses três países, elevando o valor total das promessas ao longo do último ano para US$ 3,2 bilhões. A fabricante de roupas Gap e a rede de cartões Visa estão entre as que prometeram novos investimentos.

https://valor.globo.com/mundo/noticia/2022/06/09/biden-busca-acordo-de-imigracao.ghtml

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