O braço financeiro da Sony representou 63% do lucro operacional da empresa. Operações com seguro (de vida e carro, que só existem no Japão) renderam US$ 9,07 bilhões, nos últimos cinco anos. A divisão de filmes e música (que produziu Homem Aranha por ex.) gerou US$ 7,2 bilhões no período. A divisão de eletrônicos, neste mesmo tempo, registrou prejuízo de US$ 8,5 bilhões. Muita gente começou a perguntar por que de tanto prejuízo?
O forte da Sony é tanto o vídeo game PlayStation, como aparelhos de TV. O problema é que cada produto eletrônico vendido pela marca agora dá prejuízo. A exceção são as câmeras digitais. Daniel S. Loeb, investidor americano (do fundo Third Point) quer o desmembramento da divisão de eletrônicos como empresa independente. O quadro piorou quando outro banco de investimento, o Jefferies, na semana passada, como noticiou o The New York Times, pediu avaliação rigorosa da área de eletrônicos e a retirada da empresa de “vários mercados”.
O presidente da Sony, Kazuo Hirai, declarou ao New York Times, matéria que o Estadão traduziu em 29 de maio, pg B14, que ao conselho da empresa analisa a proposta da Third Point, mas assegurou que não há decisão a respeito.
Vários analistas repetem que a proposta deste fundo de investimento apenas tenta evitar que se jogue dinheiro d e divisões lucrativas em operações ruins. O futuro insustentável da divisão de eletrônicos, segundo alguns críticos, está na área de TV e smartphones. O problema está na competição pelos avanços tecnológicos. Mesmo em setores que a companhia vai bem, como câmeras digitais e videogames, a Sony luta para apenas acompanhar o patamar das empresas maiores e concorrentes.