Start-ups, investidores-anjo e a necessidade de novos modelos de negócio

Por Edmir Kuazaqui

O termo “startup” é sinônimo de colocar uma boa ideia em funcionamento e este modelo de negócios norte-americano começou a se evidenciar mais no Brasil a partir da época da “bolha da internet”, entre 1996 e 2001. Sua popularização começou a cerca de cinco anos, em decorrência da necessidade de melhorar os resultados da economia interna. Favorece a criatividade e inovação, uma vez que geralmente possuem custos de abertura e manutenção menores, mais que podem propiciar um rápido crescimento no mercado, o que necessariamente não traduz que o negócio se desenvolva de forma sustentada, devido ao seu alto grau de incerteza e consequente risco. Daí o interesse de investidores, uma vez que geralmente assumir altos riscos pode incidir em lucros maiores no curto e médio prazo.
Embora os investimentos iniciais sejam menores, não significa dizer que o capital também o seja, pois geralmente traduzem o tecnicismo contido no perfil do empreendedor; o foco no negócio pode proporcionar a convergência de esforços, recursos e trazendo melhores retornos ao investidor. Pela experiência, o modelo incentiva empreendedores, porém diferenciados, uma vez que os tipos de negócios não se alicerçam em simples reproduções do que já existe, mas novos paradigmas que podem gerar altos lucros em determinado período de tempo.
Algumas empresas como o Google e Apple permanecem até hoje e são bons exemplos de como o referido modelo não é recente mas que pode render bons resultados, se a pesquisa e desenvolvimento continuarem de forma profissional.
No Brasil, conforme o portal Brasil, existem formas de financiamentos, como por exemplo o FINEP, que pode ser uma forma da empresa tentar iniciar já de forma profissional. Os investidores anjo (business angel) pode ser opção menos burocrática para a obtenção de recursos, que pode ser efetivada por meio de pessoa física, que pretende apoiar as atividades de nova empresa sem interferir na sua gestão, mas de acompanhar e aconselhar no sentido de oferecer possibilidades de crescimento.
Longe de ser uma atividade sem fins lucrativos, este tipo de investidor, geralmente empresário de grande experiência no mercado, procura outras formas de rentabilidade. Então, ao invés de simplesmente investir no mercado de capitais e em especial no mercado acionário, o investimento é realizado diretamente em empresa que está iniciando as suas operações. Neste caso, até por questões de vínculo mais forte, pelo comprometimento de capital, este investidor possui uma pequena participação no negócio.
Para movimentar de forma dinâmica a economia, novos modelos de negócios devem ser criados no sentido de facilitar o ato de empreender. Esta facilitação não é diminuir as exigências, mas desafiar que novas formas de pensar sejam implementadas. Desta forma, o empreendedorismo pode ser o meio transformador de uma sociedade.

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