Quem concorda com os estereótipos sobre Geração Y?

Eles recebem todas as atenções. A Geração Y, os que nasceram depois de 1984 no critério mais usado, será rapidamente a maioria no mercado de trabalho. Mas, como trata-los? Ou melhor, como entende-los? Muita gente está interessada nos hábitos, anseios e desejos destes jovens. Para a consultoria Universum, compreendê-los é entender o futuro do trabalho e da inovação.
Assim, a empresa, em parceria com o INSEAD Emerging Markets Institute (EMI) e a HEAD Foundation, colocou à prova 5 estereótipos propagados sobre o perfil da Geração Y. Esses dados foram divulgados na edição da revista Exame de 17 de novembro.
Para chegar ao resultado, foram coletadas em 42 países respostas de 16 mil jovens (nascidos entre 1984 e 1996) a perguntas que iam ao encontro do que diz a literatura disponível sobre eles e de onde surgiram alguns estereótipos:

1. Eles querem cargos de liderança e crescimento rápido de carreira:
Verdadeiro. Para 70% dos jovens entrevistados, chegar ao cargo de gerente – ou assumir um papel de liderança na carreira – é importante.
As oportunidades de influência dentro da organização e a atuação estratégica são o que mais atraem os jovens latino-americanos para as posições de liderança, segundo a pesquisa.
Já os jovens da Europa Central e do Leste consideram mais atrativos os altos salários recebidos pelos chefes, assim como os asiáticos.

2. A Geração Y se esquiva de “trabalho duro”
Nem verdadeiro, nem falso. É que o que a Geração Y entende por trabalho desafiador de liderança não está necessariamente relacionado a longas jornadas e carga excessiva de trabalho.
Apenas 10% dos jovens identificaram trabalho desafiador com constantes horas extras, segundo a pesquisa.
Para 39%, a inovação é característica principal de uma atividade que tenha desafios. Outros 39% consideram que aprender coisas novas todos os dias é parte de um trabalho desafiador.
Mas, 64% concordam que estar disposto ao desafio de ser líder é também estar preparado para stress e mais horas de trabalho.

3. Equilíbrio entre vida pessoal e profissional é mais importante do que dinheiro e status
Verdadeiro. Apenas 17% dos entrevistados ao redor do mundo não desistiriam de um trabalho bem remunerado para ganhar mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Os jovens da Europa Central e do Leste são os que menos se identificam com esta máxima. Apenas 25% dos entrevistados nesta região trocariam um salário alto por mais qualidade de vida.
Já na América Latina, apenas 19% não concordam que o equilíbrio entre vida pessoal e carreira seja mais importante do que um salário alto e status.

4. Os jovens consideram que o governo sempre pode ter uma forte (e positiva) influência na sociedade
Falso. A pesquisa indica que, para os jovens, não necessariamente o governo influencia a sociedade atual.
Na América Latina, por exemplo, a influência dos indivíduos é a mais potente, segundo mais de 40% dos entrevistados. As empresas privadas, por outro lado, são as mais influentes, segundo mais de 30% dos jovens desta região. Pouco mais de 20% acreditam que é o governo que tem maior poder de influência.
A máxima provou ser verdadeira para os jovens asiáticos e africanos. Para mais da metade dos entrevistados da Ásia, é do governo o maior poder de influência na sociedade.
Na África, o governo tem mais influência, segundo pouco menos de 40% dos jovens. Mas os indivíduos vêm logo atrás na pesquisa, por uma diferença de votos de menos de 5 pontos percentuais.

5. A Geração Y envolve parentes e amigos em suas decisões de carreira


Falso. Apenas 26% dos entrevistados ao redor do mundo confirmaram contar com ajuda na hora de tomar deciões. Outros 39% negaram e os 35% restantes mantiveram-se neutros. Eles preferem tomar suas próprias decisões, sem a influência dos outros, conclui a equipe da Unversum.
De acordo com a pesquisa, na Europa Central, 61% dos jovens disseram não envolver família e amigos em questões profissionais. Entre os entrevistados da América Latina, 46% também preferem não pedir ajuda de amigos e parentes na hora de tomar decisões de carreira. Apenas 22% dos latino-americanos disseram que envolvem parentes e amigos em suas escolhas profissionais.

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