Parece Facebook, mas não é. É um app. E é concorrente sério…

Criar rede de amigos é o que mais interessa. O Facebook sabe disso, mas os seus concorrentes também sabem. O processo é simples: crie um perfil, crie uma rede de amigos e, a partir dela, compartilhe fotos, vídeos, musica. Portanto, parece, mas não é Facebook, Jovens, com familiarização mínima com tecnologia, escolhem criar esses aplicativos, os apps, de mensagens que podem ser chamados de alternativos. Empresas norteamericanas andaram mais rápido nesta criação, mas asiáticos e europeus as seguiram muito rápido.
O que interessa nos apps, como mostrou matéria da Reuters que o Estadão publicou na edição de hoje, pg B12, é a combinação da mensagem de texto com novas formas de redes sociais. É nessa combinação que os novos aplicativos oferecem caminho rápido para troca de informação, o que inclui tudo, até o clipe do You Tube. E, claro, sem usar as redes que já estão na web, bem estabelecidas.
Por enquanto, sem dúvida, não há granes ameaças para o Face e seu mais de um bilhão de usuários. A questão é o futuro, a tendência, até mesmo de médio prazo. O movimento do Facebook na direção dos aparelhos móveis consolidou a empresa como o aplicativo mais usado em smartphones, seja qual for o sistema operacional, da Apple ou do Google. Porém, vários especialistas – e o mais importante, vários investidores – já notaram a possibilidade de que os aplicativos de mensagens façam uma concorrência bem séria o Facebook nos próximos anos. Ninguém arrisca dizer quantos. Alguns desses aplicativos, as apps criadas por terceiros, já são plataformas bem completas, inclusive com jogos.
A rapidez da movimentação dessa concorrência impressiona. A matéria da Reuters mostra que a canadense, Kik , já conta com 40 milhões de usuários desde que foi lançada no final de 2010. Na Califórnia, a Whatsapp, com forte apoio financeiro do fundo de investimento Sequoia Capital avançou muito rápido. A mídia especializada notou o surgimento no começo do mês passado da MessageMe, empresa de apps formada por grupo de produtores de jogos virais.
Como sempre, na Ásia, o movimento é ainda mais forte. O aplicativo WeChat , da Tencent, já conta com 400 milhões usuários, o que quer dizer mais gente do que os usuários do Twiter. As chinesas Line e o kakao Talk, ambas na faixa de 100 milhões de usuários, já começaram a expansão dos seus apps nos EUA.
Para o Facebook sobrou o desafio de trazer de volta os usuários na faixa etária dos 15 anos, que não escondem a preferência pelos novos apps, especialmente o Kik capaz de enviar diferentes mensagens múltiplas todas gratuitas. Esse perfil de usuário, nessa idade, emite uma média de 200 mensagens diariamente. E com todo tipo de conteúdo.

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