Relógios, roupas e capacetes conectados não são preocupações só de empresas de tecnologia. As marcas já começam a pensar em como cuidar dos objetos smarts. Agências de publicidade também já notaram a obrigação de acompanhar a evolução dessa tecnologia.
A onda dos dispositivos conectados vestíveis devem influenciar a forma como as marcas se comunicam com as pessoas. Como mostrou matéria do Estadão de 24/03, pg B10, os “vestíveis” serão usados para fazer campanhas. O formato dessa nova publicidade já estava no festival SXSW, um dos principais eventos mundiais de tecnologia, música e arte, realizado em Austin, nos EUA.
Usar os objetos smart para fazer campanhas significará criar experiências “imersivas”, que oferecerão entretenimento e serviços para os consumidores. Porém, o crescimento agressivo dos “vestíveis” tonará a vida mais fácil, mas as pessoas ficarão mais expostas. Aliás, no SXSW o debate sobre privacidade questionou a política de gestão de dados de gigantes, como o Google e o Facebook.
O debate central, na visão de vários diretores de agência entrevistados pelo Estadão, é outro: marcas, hoje, procuram conhecer cada vez mais o comportamento do consumidor para direcionar mensagens e promoções segmentadas. Para formar um perfil do cliente, as marcas avaliam seu histórico de compras e sua experiência online, partir tanto das pesquisas feitas no Google como nas curtidas do Facebook, ou no histórico de navegação na web.
O maior desafio é conseguir segmentar a comunicação aos clientes de uma forma que não pareça que a marca invade sua privacidade. Como resumiu com clareza uma diretora de planejamento de grande agência: “O consumidor não gosta da sensação de que está sendo observado o tempo inteiro”.