Os desafios do Twitter ficaram bem claros. Na semana passada, a empresa divulgou uma queda no crescimento da base de usuários.
Twitter é parte obrigatória na companha de marketing das empresas e está sempre presente nos veículos de comunicação. Mas, ainda que tenha invadido internet, televisão e outdoors com convites para as pessoas aderirem ao site, 80% dos americanos que acessam a internet não usam, regularmente, o Twitter.
Em comparação, como mostrou matéria do The Wall Street Journal, de Yoree Kohn, traduzida no Valor Econômico de 11/02, pg B9, o Facebook conta com a atenção de 50% dos internautas americanos e tem mais do quíntuplo de usuários do que o Twitter no mundo todo.
O problema é que os investidores reagiram e derrubaram a cotação das ações da empresa depois do anúncio dos resultados. E levantaram questão básica para a publicidade da companhia: o Twitter pode superar sua dificuldade de atingir as massas?
Em 2013, o Twitter alcançou 213 milhões de usuários ativos, mas somou apenas um milhão a mais nos EUA e oito fora dele, no quarto trimestre. Uma expansão de 3,9% no período. Com este crescimento, a empresa levaria 11 anos para alcançar os 1,2 bilhão de usuários do Facebook.
O maior problema são as relações muito superficiais do Twitter. Ao contrário dos concorrentes, Facebook e LinkedIn, os contatos do Twitter tendem a ser pessoas que os usuários mal conhecem, estranhos com senso de humor e celebridades. Laços tênues desencorajam usuários que têm poucos seguidores a “tuitar”.
Há um fato: desde sua fundação em 2006 o Twitter se transformou de um serviço de mensagens triviais em um veículo de protestos de massa, um fórum para grandes eventos e uma rede de informações dominada pela mídia e por figuras proeminentes. Resultado: o Twitter se tornou uma necessidade para jornalistas, pessoas públicas, ativistas, empresas e empresários. Mas, nem tanto, para o usuário comum.