A evolução foi muito rápida. Em 2010, do total das matrículas nas universidades privadas apenas 11% eram bolsistas. No ano passado essa porcentagem alcançou 31%, 1,66 milhão do total de 5,34 milhões de alunos do sistema privado de ensino superior brasileiro.
O levantamento é do Ministério da Educação publicado na edição de 11/03 do Valor Econômico, pg A2. Praticamente um terço dos alunos matriculados são beneficiados pelo Fundo de Financiamento Estudantil, Fies e pelo Programa Universidade para Todos, Pró Uni. Nos últimos três anos o número de empréstimos do Fies subiram de 224.782 para 1,143 milhão, uma expansão de mais de 400%. O orçamento do programa também avançou muito: de R$ 1,8 bilhão para R$ 7,3 bilhões entre 2011 e 2013.
O peso do Fies em relação ao total as matrículas passou de 4,5% do total para 21,5% do total de matrículas. Já o número de matrículas do Pró Uni, bolsas oferecidas a jovens de baixa renda em troca de renúncia tributária permaneceu estável na faixa de 9,5% do total das matrículas.
Apenas 15% dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos estão no ensino superior. A meta do plano nacional de educação é dobrar este percentual nos próximos dez anos. O Brasil tem hoje 38 milhões pessoas com ensino médio completo, mas que nunca ingressaram no sistema universitário.
Os cursos mais procurados do Fies em 2013 são os de engenharia, com 198 mil contratos firmados. Direito vem a seguir com 178 mil contratos. Licenciaturas e Pedagogia vem a seguir com 102 mil compromissos e depois Administração, com 98 mil e Enfermagem com 84 mil.
Mas, nem o Fies e nem o Pro Uni valem para o ensino a distância, modalidade que apenas no sistema privado já tem mais de um milhão de matrículas.