Mais uma vez o consumo impulsiona a economia brasileira.

Como todo dono de loja sabe, desconto move o consumidor. A decisão do governo de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a compra de automóveis e eletrodomésticos da chamada linha branca (geladeira, fogão e máquina de lavar) fez com que as vendas do varejo crescessem 6,1% em junho na comparação com o mês anterior. O que puxou o índice para cima foi a alta de 16,4% nas vendas de veículos, na mesma comparação. O setor de supermercados, produtos alimentícios e bebidas subiu 0,8% nas vendas de junho, em relação a maio, fato inesperado para os analistas.
Os sinais de recuperação da atividade econômica, que provocaram a subida no varejo, são bem diferenciados. A criação de empregos em julho surpreendeu até os economistas do setor financeiro. Seguindo os dados do Ministério do Trabalho nesse mês foram abertos 142,5 mil novos empregos com carteira assinada. O importante é que pela primeira vez no ano ocorreu expansão de vagas em todos os Estados e no Distrito Federal. A criação de vagas em julho foi 18% maior do que a registrada em junho.
O índice de confiança dos empresários industriais aumentou 2,2% em agosto na comparação com julho. Esse dado significa que os industriais perceberam sinais otimistas quanto a demanda por seus produtos e, portanto, investem, compram máquinas e para produzir mais, contratam mais gente.
Este conjunto de fatos sinaliza, como insistiram os analistas de importantes consultorias, que a tese do esgotamento da capacidade do consumidor brasileiro continuar consumindo não se confirmou. A proposta de redução do imposto, o IPI, para acelerar o consumo funcionou. O acesso ao crédito, bastante impulsionado pela redução das taxas de juro, jogou papel importante nesse processo de recuperação da atividade econômica. As vendas do varejo reagiram bem à subida das taxas de emprego.
Parece contraditório, mas no momento em que a crise econômica internacional não diminui, especialmente entre os países que adotaram o euro como moeda, a recuperação da economia brasileira é bom sinal. É preciso notar que ocorre a produção está, neste momento, mais voltada para o mercado interno e não para as exportações.

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