Eleitores norteamericanos prestam cada vez menos atenção às campanhas e anúncios políticos na tv. Pesquisa da SayMedia, mostrou que um terço dos prováveis eleitores não assistiu tv ao vivo na semana passada. Essa pesquisa é relevante por somar duas grandes consultorias de propaganda e dois profissionais de pesquisa de opinião representantes de cada partido, o democrata e o republicano.
Das pessoas entrevistadas que têm gravadores digitais, 85% garantiram que pulam as peças políticas em, pelo menos 75% do tempo dedicado a ver tv. A pesquisa foi detalhada em matéria do Financial Times assinada Emily Steel, a correspondente do jornal em Nova York.
A tv domina os orçamentos das campanhas políticas norte-americanas. Do total de gastos com publicidade dos dois partidos, 66%, ou seja, US% 6,6 bilhões serão encaminhados às emissoras de radio e Tv e tv por assinatura.
Os profissionais da área que trabalham para republicanos e democratas perguntam se anúncios na tv ainda tem poder de influenciar eleitores. Eleições em que os candidatos estão com margens muito apertadas de vitória, as estratégias de propaganda digital obtêm resultados cada vez melhores. Uma das analistas de pesquisa de oipinião, que trabalha para os democratas e participou da pesquisa resumiu: “muitas campanhas tapam o sol com a peneira” quanto a eficiência da tv nas eleições de novembro nos EUA.
As campanhas, dos democratas e dos republicanos, reconhecem que os eleitores empregam novas ferramentas para consumir mídia, especialmente tablets e smatphones. O candidato republicano preferiu anunciar o seu candidato a vice – uma jogada essencial no marketing dele – por meio de aplicativo de telefone celular, estimulando os usuários a compartilhar a notícia nas suas redes soais, porque a novidade ainda não estava nos jornais das tvs. As novas técnicas de propaganda digital incluem sofisticados direcionamentos de publicidade on line, mídia social e compra de espaço nas páginas mais visitadas.
Apesar de toda a badalação, apenas 1,5% do dinheiro gasto em propaganda política vai para publicidade digital nestas eleições norte-americanas. Força do hábito?