O mercado mudou, outra vez, de opinião sobre o Facebook. Ontem, as ações da empresa subiram 19,3% com o pregão da Nasdaq, a bolsa eletrônica, fechando com a maior valorização para os papeis da companhia desde a oferta inicial de ações feita em maio.
Motivo: a rápida e forte subida no valor das ações ocorreu no dia seguinte em que o Facebook mostrou ao mercado que tinha alcançado um bom lucro com anúncios nos dispositivos móveis, ou seja, os smartphones. O mercado temia que a empresa não conseguisse publicidade nesses celulares.
A decisão dos analistas de Wall Street de apoiar a compra de ações do Facebook veio pouco depois do anúncio da empresa de prejuízo líquido de US$ 59 milhões no segundo trimestre deste ano. Porém, apesar desse prejuízo, os analistas perceberam a viabilidade comercial do modelo de negócios do Facebook que foi muito questionado pelos investidores ao longo dos últimos meses.
O número que agradou o mercado no balanço do Facebook foi que 14% da receita veio de anúncio na publicidade em plataformas móveis. Esse percentual é muito maior do que os analistas esperavam. Esse lucro reduziu o receio dos investidores quanto a publicidade em smartphones. Foi esse receio que derrubou o valor da companhia no mercado no mês passado.
É provável que o potencial de escala alcançado pelo Facebook tenha pesado na decisão dos investidores de comprar ações da companhia, afinal, o anúncio de um bilhão de usuários foi muito importante nesse convencimento. O país com mais usuários do Face é os Estados Unidos, seguido pelo Brasil.
A reação dos executivos da companhia foi cautelosa. O presidente do Facebook, Mark Zuckerberg disse apenas que a análise das oportunidades com plataformas móveis é “o aspecto mais mal compreendido“ nas operações do Facebook.
Alguns observadores foram um pouco adiante nas conclusões sobre a subida dos papéis do Facebook. Um analista do banco Barclay’s disse que o resultado da empresa no segundo trimestre pode marcar um “ponto de inflexão” no modelo de negócios da rede social. A conferir!