Facebook muda nome da empresa para Meta, com foco no metaverso

O Facebook disse nesta quinta-feira (28) que mudará a nome da empresa que reúne suas diferentes plataformas para Meta.

As redes sociais da companhia, que além do próprio Facebook inclui Instagram e WhatsApp, não terão nova nomenclatura. A estrutura corporativa também não será alterada.

O presidente-executivo da companhia, Mark Zuckerberg, disse nesta quinta-feira (28), durante conferência de realidade aumentada e virtual transmitida ao vivo, que o novo nome reflete o foco do grupo na construção do metaverso.

“No momento, nossa marca está tão intimamente ligada a um produto que não pode representar tudo o que estamos fazendo hoje, muito menos no futuro”, disse. 

O metaverso, um termo cunhado pela primeira vez em um romance distópico três décadas atrás e agora ocupando os holofotes no Vale do Silício, refere-se amplamente à ideia de um ambiente virtual compartilhado que pode ser acessado por pessoas usando dispositivos diferentes.

O Facebook, que investiu pesadamente em realidade virtual (VR, na sigla em inglês) e realidade aumentada (AR, na sigla em inglês), incluindo a compra de empresas como a Oculus, pretende conectar seus quase três bilhões de usuários por meio de vários dispositivos e aplicativos. A empresa planeja criar 10 mil empregos na União Europeia nos próximos cinco anos para ajudar a construir o metaverso.

Nick Clegg, vice-presidente de assuntos globais do Facebook, escreveu em um blog que nenhuma empresa será proprietária e operará o metaverso. “Dar vida a isso exigirá colaboração e cooperação entre empresas, desenvolvedores, criadores e formuladores de políticas”, escreveu.

Usando tecnologias como virtual e realidade aumentada, o Facebook planeja criar um maior senso de “presença virtual”, que irá imitar a experiência de interagir pessoalmente.

Zuckerberg acredita que o metaverso seria acessível em VR, AR, computadores pessoais, dispositivos móveis e consoles de jogos.

Especlistas dizem que o metaverso pode ser o futuro da internet, ao permitir que o usuário entre em um universo virtual mais amplo, conectado com todo tipo de ambiente digital, seja para ver um espetáculo ou um filme, trabalhar ou apenas relaxar.

O Facebook já comprometeu US$ 50 milhões (R$ 276 milhões, na cotação atual) para construir o metaverso e testar um novo aplicativo de trabalho remoto onde os usuários de headsets Oculus Quest 2 podem realizar reuniões de trabalho como versões de avatar de si mesmos.

Para a companhia, contudo, o mundo ainda precisa de outros 10 ou 15 anos para que a ideia comece a tomar forma de maneira mais concreta.

A mudança no nome do grupo ocorre em meio a críticas que a empresa enfrenta de legisladores e reguladores sobre seu poder de mercado, suas decisões algorítmicas e o policiamento de abusos em suas plataformas.

No evento desta quinta, a empresa ainda revelou uma nova placa em sua sede em Menlo Park, Califórnia, substituindo seu logotipo “Like” com o polegar para cima por uma forma azul infinita.

https://www1.folha.uol.com.br/tec/2021/10/facebook-se-chamara-meta-com-foco-no-metaverso.shtml

Comentários estão desabilitados para essa publicação