Esta briga é, realmente, de gente grande. Google e Facebook aumentaram o controle sobre a estrutura física da internet no mundo, acirrando as disputas com as companhias de telecomunicações. No último ano, as empresas que fornecem grande parte do conteúdo online no mundo aumentaram muito os investimentos em infraestrutura de internet. As iniciativas incluem a instalação de cabos submarinos ou subterrâneos, acordos de longo prazo para alugar a chamada fibra ótica escuros, os cabos instalados, mas não utilizados, além da construção de redes próprias.
É neste processo que elas começam a concorrer com empresas de telecomunicações que antes as consideravam clientes. O Google montou uma rede privada de cabos de fibra ótica que já tem 160 mil quilômetros em todo o mundo. Só como comparação, a Sprint Corp, que opera a área continental dos EUA tem 65 mil quilômetros de rede. A Amazon e a Microsoft também estão investindo pesadamente em infraestrutura de rede.
O tráfego na rede cresce muito rápido. Como mostrou matéria do The Wall Street Journal, assinada por Drew FitzGerald e Spencer E. Ante, traduzida no Valor de 18/12, pg B12, só a transmissão de vídeos no You Tube devora mais da metade da rede mundial do Google. Mas, muitas empresas de telecomunicações lembram dos prejuízos com o estouro da bolha de internet e têm muita cautela com novos investimentos em fibra ótica.
As empresas de internet estão respondendo ao investir elas mesmas em redes físicas para garantir que podem suportar toda a evolução do tráfego. Essa disposição deriva da redução dos gastos com infraestrutura por parte das empresas de telecomunicações , mas também reflete a segurança das empresas de web em investimentos fortes para ter seus próprios ativos.