Em que direção a internet avança mais rápido? Os cabos submarinos contam…

O problema “está no cabo”. Quem já ouviu esta expressão frente a qualquer dificuldade na internet não podia imaginar que era a pura verdade: com a forte expansão do acesso à internet, o Brasil está na rota dos maiores investimentos em cabos submarinos para acelerar a capacidade de transmissão da rede.

O Brasil é apenas parte do enorme problema de transmissão que o crescimento da web sinaliza como mostrou matéria do Estadão de hoje, pg B15. A União Internacional de Telecomunicações (UIT), em relatório divulgado ontem, apontou a velocidade da expansão das tecnologias de comunicação: entre 1994 e 2010, a média de crescimento do tráfego de dados na web  aumentou 140% ao ano. Só nos últimos seis anos o volume multiplicou por oito. Entre 2011 e 2016 a previsão é de aumento de quatro vezes, atingindo 1,3 zettabytes, provocado principalmente pelo aumento no uso dos smartphones.

Para tender a tanta demanda o número de novos cabos submarinos dobrará até o final deste ano, em relação ao que foi instalado entre 2010 e 2011. Nestes anos foram instalados 19 cabos novos enquanto de 2012 até o final deste ano serão 33 novos cabos. O investimento é de US$ 5,5 bilhões. O primeiro cabo que ligou EUA e China foi instalado em 2008. Há muitas ligações específicas novas, por exemplo, um novo cabo ligará EUA, Brasil e Colômbia. Nessa mesma rota, outro cabo será instalado em 2014, conectando o Panamá também a estes três países. Brasil é África é outra ligação que cresce muito.

O mais interessante no movimento dos cabos é identificar em que direção avança mais rápido a internet. Até 2016, a Ásia terá um tráfego de internet duas vezes superior ao dos EUA e da Europa. Regiões como América Latina e África terão expansão acentuada.

Por mês, 2013 terá expansão no volume equivalente ao tráfego global acumulado entre 1994 e 2003. Ao final do ano, o número de internautas chegará a 2,7 bilhões de pessoas no mundo, enquanto o número de aplicações que serão alvos de download superará os 50 bilhões.

A UIT alertou, porém, que apesar dos investimentos o Brasil ainda não implementou inteiramente a rede de proteção de dados,  o que pode provocar incertezas entre as empresas que atuam na transmissão de dados.

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