Em festival de inovação, robô ‘caseiro’ é rei

Por enquanto, o único problema é preço. Quando surgiu em lojas do Japão no ano passado, como atendente, o robô (ou a robô) Pepper fez muito sucesso. Agora, a japonesa SkyBank Robotics, que desenvolveu o produto, está apostando em outro mercado para ampliar suas vendas: o mercado doméstico. A ideia é que o robozinho, feito de plástico branco e equipado com um tablet, sirva tanto para educação de crianças quanto para cuidados com idosos.

Pepper foi apresentado em um painel do Lions Innovation, evento paralelo ao Cannes Lions – Festival Internacional de Criatividade, e também em uma tenda armada na Croisette, como é chamado o calçadão de Cannes, como mostrou matéria de Fernando Scheller no Estadão de 27/06, pg B12.

No palco, o pequeno robô cantou rap; nas ruas, provava que era um bom malabarista virtual. Equipado com inteligência artificial, recusou-se a dar abraços aos visitantes de sua “cabana” por se sentir “tímido”.

Quem estiver interessado em ter um robô parecido com o do desenho dos Jetsons em casa terá de desembolsar um bom valor anual. A SoftBank está vendendo cada unidade a US$ 16 mil. E o custo não para por aí: o cliente tem de pagar uma “assinatura” de US$ 200 por mês que garante cobertura de seguro para um produto e também acesso a uma loja de aplicativos compatíveis com Pepper.

A mensalidade ainda garante o direito ao proprietário de fazer sua programação própria para o robô, adaptando suas características a necessidades específicas de cada família. Todas essas vantagens parecem ter atraído os consumidores, ao menos inicialmente. “É um produto incrivelmente popular. Colocamos o Pepper à venda no sábado passado. E vendemos todas as mil unidades inicialmente produzidas em um minuto”, disse Sean McKelvey, da divisão de produtos da SoftBank.

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