A economia dos Estados Unidos cresceu mais rápido do que o calculado inicialmente no segundo trimestre e no ritmo mais rápido em mais de dois anos, com sinais de que o impulso se manteve no início do terceiro trimestre.
O PIB (Produto Interno Bruto) americano cresceu à taxa anual de 3% no período de abril a junho, informou o Departamento do Comércio, em sua segunda estimativa sobre o indicador.
A revisão para cima em relação à taxa de 2,6% divulgada no mês passado deveu-se a gastos robustos do consumidor e a investimentos fortes das empresas, como mostrou matéria da Folha de São Paulo de 31/08
O crescimento no último trimestre foi o mais forte desde o primeiro trimestre de 2015 e seguiu-se a um ritmo de 1,2% no período de janeiro a março. Os economistas entrevistados pela Reuters esperavam que o crescimento do PIB no segundo trimestre fosse revisado para 2,7%.
Os dados de vendas no varejo e gastos das empresas até agora sugerem que a economia manteve sua força no início do terceiro trimestre.
O crescimento forte e o mercado de trabalho perto do pleno emprego sustenta a visão de que o Federal Reserve, banco central americano, apresentará um plano para começar a reduzir sua carteira de Treasuries e títulos lastreados em hipotecas no próximo mês, e elevar os juros em dezembro.
Com a aceleração do PIB no segundo trimestre, a economia cresceu 2,1% no primeiro semestre de 2017 —índice superior ao 1,9% divulgado no mês passado.
O presidente republicano Donald Trump estabeleceu uma ambiciosa meta de crescimento de 3% para 2017, a ser alcançada por meio de uma combinação de cortes de impostos, desregulamentação e gastos com infraestrutura.
A administração Trump, porém, não conseguiu até agora aprovar nenhuma legislação econômica e ainda precisa articular planos para reforma tributária e infraestrutura. As possibilidades são muito baixas de que o Congresso dos EUA controlado pelos republicanos debata e aprove uma legislação de reforma tributária antes do fim do ano.
Até agora, porém, o impasse político em Washington não prejudicou a confiança dos consumidores nem dos negócios.
Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da economia dos EUA, cresceram a uma taxa de 3,3%, ritmo mais rápido em um ano.
As empresas também ajudaram a economia no segundo trimestre, com os gastos em equipamentos aumentando 8,8%, o ritmo mais rápido em quase dois anos.