Distribuir investimento pelo País quer dizer distribuir empregos?

Um bom emprego na região da Grande Recife interessa? E se for em Palmas, Tocantins? Palmas tem 250 mil habitantes, 98% da cidade tem água tratada e é a segunda capital mais segura (menos crime) do País. A primeira é Natal no Rio Grande do Norte. Outras dezenas de exemplos existem pelo Brasil inteiro.
O governo federal percebeu que pode incentivar esse processo descentralização do desenvolvimento que, historicamente, está muito concentrado no Sudeste, me especial São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Par alcançar esse objetivo o governo prepara o anúncio de uma nova “Agenda de Desenvolvimento Regional”.
O Ministério da Indústria e Comércio e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, ficaram com a tarefa de desenvolver esse processo. A estratégia e aumentar ao máximo o “entendimento “, que Brasília chama de “sinergia”, entre o governo federal e os dos Estados. Os secretários estaduais de Planejamento e de Indústria e Comércio levantaram as prioridades e gargalos que prejudicam o desenvolvimento de cada Estado.
A função do BNDES vai um pouco além de oferecer financiamento para os projetos. Esse é o ponto mais interessante da proposta: o banco vai ajudar os estados a fazer os projetos, não só dar o dinheiro. O governo percebeu que o maior entrave era exatamente esse: falta de projetos viáveis e de operacionalidade desses projetos para se enquadrarem nas regras dos financiamentos do BNDES.
Os Estados e municípios serão ajudados na elaboração das suas prioridades pela Empresa Brasileira de Projetos, empresa privada com participação do BNDES e do Banco do Brasil especializada em desenvolver projetos de políticas públicas.
A idéia é organizar as políticas públicas do País para dar mais apoio ao desenvolvimento regional. Esse é o melhor caminho para “desinchar” as grandes cidades do Sudeste. Distribuir desenvolvimento, sem dúvida, melhora o padrão de vida da maioria dos brasileiros.

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