Apenas o fato: em meio às dificuldades nos negócios globais, o McDonald’s anunciou que vai substituir seu presidente, Don Thompson, em 1º de março. O vice-presidente-executivo e diretor de marca, Steve Easterbrook, assumirá o cargo.
Na semana passada, a companhia divulgou que suas vendas globais – considerando apenas as lojas com mais de um ano – caíram 1% em 2014. Foi a primeira redução desde 2002. Além disso, o lucro líquido registrou queda de 15% no ano, como mostrou matéria da Folha de S. Paulo de 29/01, pg B8.
A empresa vai desacelerar o ritmo de abertura de restaurantes neste ano. Incertezas sobre a economia mundial, um escândalo de segurança alimentar na China e a mudança nos hábitos dos consumidores prejudicaram os resultados.
O McDonald’s informou, Segundo as agências interncionais de notícias, que o plano é investir US$ 2 bilhões em 2015 (o mais baixo orçamento em cinco anos) e abrir menos restaurantes nos países em que enfrenta mais problemas – são mais de 36 mil no mundo.
O corte nos gastos para novas unidades é de US$ 800 milhões, segundo o “Financial Times”. A ideia é abrir 1 mil lojas, principalmente na China, nos EUA e na França, e fechar entre 300 e 400, segundo Bensen. Em 2014 foram abertas 1,3 mil. O McDonald’s lucrou US$ 1,1 bilhão no trimestre encerrado em 31 de dezembro, 21% menos que um ano antes. A receita caiu 7%, para US$ 6,6 bilhões.
A empresa enfrenta concorrência em vários fronts, como no caso das lojas de conveniência americanas , que passaram a vender mais alimentos, e das redes menores que propagandeiam ter melhor qualidade, como a de comida mexicana Chipotle e a Shake Shack.
Na esperança de mudar as percepções negativas sobre sua comida, o McDonald’s recentemente convidou os clientes a fazerem perguntas sobre seus ingredientes e a origem dos alimentos. Também lançou uma campanha de marketing para enfatizar o “amo” de seu slogan “Amo muito tudo isso” e para associar seu nome a emoções positivas. A empresa busca simplificar o cardápio e oferecer às pessoas mais flexibilidade para personalizar seus pedidos. Um dos planos é permitir ainda este ano que o cliente escolha como quer seu hambúrguer em telas sensíveis ao toque em 2 mil de suas 14 mil lanchonetes nos Estados Unidos.