Com medo dos celulares, Xbox One e o PlayStation 4 não querem mais ser só videogame

Em videogames, a Microsoft e a Sony brigam em quase tudo, em cada detalhe. Mas, perceberam que as duas têm o mesmo verdadeiro inimigo ou, o mesmo objetivo comum: preservar os usuários de seus equipamentos que estão cada vez mais jogando em smartphones e outros dispositivos móveis, afetando muito o mercado de vídeos games, um negócio que movimentou US$ 66 bilhões no ano passado.
Esse inimigo comum fez as duas empresas oferecerem mais opções de entretenimento. Como a Microsoft já tinha apresentado o Xbox One em maio, a maior parte do anúncio de novidades na grande feira do setor, a E3, foi dedicada a “centenas” de novos jogos, disponíveis aos poucos, nos próximos anos. O que mais a empresa quer é que o novo videogame seja usado para “mais que jogar” e se transforme em uma central de entretenimento na sala de jantar.
A Sony foi pelo mesmo caminho, com outro apelo, destacando que seu PlayStation 4 não requer conexão permanente com a internet, enquanto o Xbox One precisa conectar-se uma vez pelo menos a cada 24 horas. No fundo as duas falam da hipótese de mobilidade para seus equipamentos.
A guerra entre Sony e Microsoft só foi travada, em parte, pelo preço final de cada vídeo game, como mostrou matéria do estadão de 12 de junho, na pg B16. O Brasil faz parte de um grupo de 21 países nos quais o Xbox One será lançado em novembro. Nos Estados Unidos, esse aparelho custará US$ 499 e na Europa, 499 euros. A Sony contra-atacou garantindo que o PalyStation4 custará US$ 399, cem dólares a menos que o do concorrente. O videogame da Sony também chegará em novembro.
A reação do mercado para estes lançamentos ainda é desconhecida. O modelo atual, o Xbox 360 é o vídeo game mais vendido nos EUA, mas as vendas globais desta versão estão praticamente empatadas com o PlayStation 3.

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